O TEMPLO MAÇÔNICO

O TEMPLO MAÇÔNICO

O NÚMERO CINCO




Autor: Ir.´. Dilson C. A. Azevedo

“O número é a Alma das coisas”

Pitágoras


Parte 1



Segundo o Ir.: Mário Ferreira dos Santos: “A palavra número vem do latim númerus, que por sua vez vem do termo grego nomos (regra, lei, ordem).

Pitágoras usava a palavra arithmós, vinda do termo rythmós (fluir). Arithmós é qualidade, relação, função, tensão, lei, ordem, regra, harmonia”.

Disse Balzac (em Luis Lambert): “Tudo existe exclusivamente pelo movimento e pelo número; o movimento é de qualquer forma, o número atuando”.

Existimos em Universo (do latim uno=um+versus, voltado para) de padrões matemáticos. Matemática, e um termo criado por Pitágoras significando aquilo que é aprendido, constituindo-se em Conhecimento tão importante que:



- Nenhuma pesquisa merece o nome de Ciência, se não passa ela, pela demonstração matemática”. (Leonardo da Vinci) 1452 – 1519



- “O Universo não pode ser lido ate que aprendamos a linguagem e nos familiarizemos com os caracteres em que é escrito: é escrito em linguagem matemática, e as letras são triângulos, círculos e outras figuras geométricas, sem as quais é humanamente impossível compreender uma única palavra.



Galileu Galilei (físico e astrônomo italiano) 1564 – 1642



Disse Louis Claude Saint Martin:

“Os princípios matemáticos não são materiais mas são a verdadeira lei dos fenômenos perceptíveis”.



Também está escrito na Bíblia:

“D´s ordenou todas as coisas segundo o número, peso e medida”.



A perfeição é tamanha neste  sentido, que até a orientação das folhas de uma planta, ao redor do caule, para que sejam ao máximo possível expostas ao Sol, deve corresponder precisamente a um ângulo X de intervalo entre duas folhas consecutivas.

De acordo com Jamblico (filósofo, matemático, historiador, 250 – 330 d.C): “Todo o Universo é manifestamente completado e fechado pela década (10), semeado pela mônada (1), ganhando movimento pela díada (2), e vida graças a péntada (5)”.



O número cinco, penta em grego (derivado de pent, que significa tudo), ou quinário, lembra a quintessência, ou seja, o requinte do que existe, a perfeição buscada pelo Companheiro Maçom.

O número cinco representa:



1) A Terra (materialidade).



2) A Água (sensibilidade):

Substância mais comum achada na Terra, e a única que se encontra a temperaturas comuns em três estados diferentes: sólido, líquido, gasoso.

Sua molécula tem ângulo de 105º que está em proporção áurea.

Ela possui inúmeras propriedades para permitir a vida: ação capilar, condução elétrica, condução de calor, etc.

Pelo aumento da população do mundo (ao ritmo atual de 80 milhões de pessoas por ano), o crescimento de sua demanda (inclusive pela industrialização), está diminuindo os lençóis freáticos mundiais, e prejudicando a produção de alimento. Para se produzir uma tonelada de grãos, são precisos 1000 toneladas de água.







Um aspecto científico importante acerca dela, foi estabelecido recentemente (1999) pelo professor japonês Masaru Emoto através do seu  livro Mensagens da Água.

Ele observou mudanças na cristalização da água congelada e fotografada com microscópio de campo escuro, de acordo com estímulo de variados agentes (música, orações, etc).

Isto mostra o que as Religiões sabiam e empregavam há muito tempo: que a água capta vibrações.







Na Bíblia a água e o ritual do Batismo são símbolos da Vida. No uso profano na terra de Israel era tomada também com um pouco de vinagre (Rute II, 4) ou misturada com vinho (2 Macabeus 15:39).



3) O Ar (intelectualidade): simboliza aspiração da inteligência pelas altas concepções da vida.



4) O Fogo (amor e entusiasmo): significa também a renovação das coisas, daí a máxima hermética: “Igne natura renovatur integra (INRI: o fogo renova a natureza). Esta sigla foi colocada na cruz de Jesus em uma tabuleta, sendo interpretada como: Iesus Nazarenus Rex Iudeorom (Jesus Nazareno Rei dos Judeus). Em hebraico os quatro elementos também assim são escritos: Iamim (água), Nur (fogo), Ruar (ar), Iabaschah (terra).

Desde o começo da humanidade ele foi adorado como símbolo da vida, seja diretamente como fogo aceso ou como Sol. Era conservado em templos. Gregos e romanos evitavam ações indignas diante dele.



5) O Éter (Spiritus)

Os quatro elementos: Terra, Água, Fogo, Ar são usados nas provas de iniciação da Maçonaria.



Existe uma atribuição simbólica de cores aos elementos (J. Boucher):

Terra: negro

Água: verde

Ar: azul

Fogo: vermelho

Também foram associados quatro tipos de temperamento humano aos quaro elementos:

1)    a Água ao tipo linfático,

2)    a Terra ao tipo bilioso

3)    o Ar ao tipo sanguíneo,

4)    o Fogo ao tipo nervoso.



O ser humano foi constituído por quatro elementos:



1)    Água (70 a 80%): transporta os nutrientes para as células e protege o home desde intra-útero (líquido amniótico). O homem pode sobreviver até semanas sem alimentar-se, porém poucos dias (4) sem água.

2)    Elementos químicos da Terra: a química registra 90 elementos naturais.

3)    Fogo: calor das reações metabólicas das células,

4)    Ar: o oxigênio obtido pela respiração é útil nas reações metabólicas celulares.



Posteriormente o homem recebeu do Senhor através das narinas, o Fôlego da Vida (Quintessência) passando somente então a ser vivo (Gênesis, II, v.7).

Pelo Sepher Yetzirah (Livro da Criação), D´s criou o Universo por meio de letras, números, sons.

No Chassidut descreve-se que as letras do alfabeto hebraico possuem três poderes criativos distintos:

Energia (Choach), Vida (Chaiot) e Luz (Or). Pelo poder delas podemos alcançar nossos desejos.

A palavra Abracadabra usada em Magia, vem do aramaico: “que seja o que foi dito”, e mostra o poder do som e da palavra.

As letras do alfabeto hebraico (alfabeto sagrado) são em número de 22, pois em uma circunferência, símbolo da Verdade absoluta, somente pode-se inscrever 22 polígonos regulares.

Temos coincidentemente 22 pares de autossomos (cromossomos que não variam entre os sexos) num total de 44 cromossomos, os quais adicionados ao para de cromossomos sexuais (X e Y) dão o total de 46 da espécie humana.

Sabendo que “nenhuma coincidência é mero acaso”, observemos também que a palavra A DA M אדמ (homem em hebraico) contem Da M (sangue), דמ vocábulo que tem o valor numérico de 44 (dalet 4, ד Mem 40 מ).

Cada letra hebraica tem um valor numérico e as palavras com mesmo valor numérico total das letras somadas são conectadas de algum modo. O estudo dos números e significados a eles associados é conhecido com Gematria.



A tradição judaica afirma que D´s criou o mundo material com a letra ה (Hei), cujo valor numérico é cinco.

As letras hebraicas são Ideogramas com significados aparente e oculto.

Em Gênesis (Bereshit) 2:4, afirma-se:

Estas são as origens dos céus e da Terra...

ao serem criados... (escrito  Behi Baram)

Ao serem criados tem a letra ה (Hei) em menor tamanho, podendo assim ser lido: Be hi Baram – com o Hei criou-os.

No Torah, composta de cinco livros: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, e onde é Proibido alterar uma só das suas 304.805 letras, fica claro a intenção e significado do tamanho daquela letra.

Pra os pitagóricos o número cinco representa o casamento pois se compõe do primeiro número par (2) e de 3, primeiro número ímpar, pois o número 1 não é nem par nem impar.

Interessante relatar a afirmação de Pitágoras à um discípulo “fogoso”, que a ele perguntou qual a ocasião certa para se casar. Respondeu Pitágoras: “Quando estiveres cansado da paz do teu espírito”.

Em Roma, nos casamentos, acendiam-se cinco velas, e os convidados eram admitidos em grupos de cinco. Chamavam triângulo nupcial, os discípulos de Pitágoras, ao triângulo retângulo cujos catetos medem 3 e 4 unidades e a hipotenusa 5 unidades, embora este tipo de triângulo fosse conhecido há muito tempo.

Assim, seja através as composições matemáticas 2+3 ou 4+1 (4 elementos + 1), este número contém a idéia de união.

Ensinou à este respeito o padre Antonio Vieira (Sermão do Santíssimo Sacramento 1662):

“Toda a vida (ainda das coisas que não têm vida) não é mais que uma união. Uma união de pedras é edifício; uma união de tábuas é navio; uma união de homens é exército.

E sem união, tudo perde o nome e mais o ser.

O edifício sem união é ruína; o navio sem união é naufrágio; o exército sem união é despojo.

Até o homem (cuja vida consiste na união da alma e corpo) com união é homem, sem união é cadáver”.




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