Autor: Ir. Alfredo Ramos
A Queda da Bastilha:
Um momento sem precedentes para a toda a
humanidade
Uma rústica
fortaleza medieval que mudou o mundo
Toda a história da civilização humana é
polvilhada de momentos marcantes, que determinaram mudanças radicais no curso do
comportamento das pessoas e um dos mais significativos, ocorrido relativamente
há pouco tempo quando olhamos os fatos sob uma perspectiva histórica, foi exatamente
a QUEDA DA BASTILHA, ou tomada da Bastilha, ocorrida em 14 de julho de 1789 na
cidade de Paris, capital da França.
A BASTILHA, ou “La Bastille de Saint
Antoine” era um conjunto de edifícios medievais de uso militar, localizado na
Rue de Saint-Antoine em Paris e que foi convertido, desde o século XVII, numa
prisão para uso civil, mas, principalmente para uso político.
Para ali eram enviados prisioneiros
comuns, condenados pela justiça Francesa, mas, principalmente, os prisioneiros
políticos que contrariavam os desejos da monarquia, da nobreza e do clero. Ali
eles eram encarcerados sem julgamento, de forma totalmente clandestina, e
praticamente em regime de prisão perpétua. Era um “depósito de inimigos” onde
se depositavam os inimigos dos poderes constituídos para que apodrecessem
lentamente, sem chance de serem resgatados para incomodarem novamente.
E, para fazer justiça aos monarcas, não
se tratava somente de grandes conspiradores inimigos dos reis. Qualquer pessoa
que se tornasse incômoda para membros da nobreza, mesmo de baixa patente, e
membros do clero também eram enviados ali para serem calados para sempre, sem
que tivessem que ser executados. Isso aliviava a consciência dos algozes, porque
não tinham que prestar contas ao Criador de sentenças de morte selvagens, sem
direito à julgamento das vítimas.
A BASTILHA se tornou, então um grande
SÍMBOLO da tirania, da injustiça e da opressão das classes poderosas sobre o
povo em geral.
A cronologia
dos fatos
Em um breve resumo dos fatos que
desencadearam na tomada da Bastilha, é importante observar que a França passava
por um momento histórico extremamente turbulento.
O monarca de plantão era o Rei Luís XVI
e o País passava por uma prolongada crise econômica que castigava severamente a
população, que não tinha alimentos suficientes e nem maneiras de se protegerem
dos rigores do inverno Europeu.
As guerras sucessivas em território
Europeu em que a França se envolveu durante anos, além do apoio logístico e
financeiro ao processo de Independência dos Estados Unidos, acabaram por drenar
os cofres da Nação, que enfrentava uma crise financeira sem precedentes. Os
investimentos sociais praticamente foram abolidos, causando enorme
descontentamento da população, que começou a se revoltar.
Cabe lembrar que a sociedade Francesa de
então era estratificada em 3 segmentos distintos, chamados de “Os 3 Estados”. O
Primeiro Estado era o clero e seus associados. O Segundo Estado era a Nobreza e
o Terceiro estado era a População restante, cerca de 95% do total de habitantes
da França.
O Primeiro e Segundo Estado absorviam
todos os escassos recursos do poder público, de forma injusta e escandalosa e a
população minguava de fome e frio.
A população revoltada começou a se organizar,
liderada pela baixa burguesia e começou a forçar a situação para uma
reorganização da distribuição dos recursos públicos. Um pouco antes naquele
mesmo ano, o povo forçou a convocação dos ESTADOS GERAIS, uma espécie de assembleia
dos 3 Estados, mesmo contra a vontade do Rei.
Tornando curta uma longa história, a
revolta popular foi crescendo de forma incontrolável, e a massa humana, sempre
manipulada por mentes brilhantes de líderes populares, acabou por forçar a
queda da Monarquia absolutista Francesa do que ficou conhecido como “A
Revolução Francesa”
O grande ESTOPIM que desencadeou os
fatos que culminou com esta revolução foi exatamente a QUEDA DA BASTILHA.
Simbolismo
gerando efeitos drásticos.
Do ponto de vista puramente pragmático,
a queda da Bastilha não representou absolutamente nada. No dia em que a
população estilhaçou as suas portas, a Bastilha continha somente 7 prisioneiros
e de baixa importância política.
Do ponto de vista pragmático, muito mais
importante foi a invasão da Fortaleza de “Les Invalides”, onde a população
tomou posse de uma infinidade de mosquetes e algumas peças de artilharia
pesada. Mas não foi esta ação que passou para a história, mas sim a tomada da
Bastilha.
A Bastilha era um SÍMBOLO do poder da
nobreza e do clero. Invadir e tomar aquele prédio medieval tinha um significado
próprio para o povo. Era um acinte, um desafio, uma bofetada na face da nobreza
e, por consequência do próprio Rei. Era o povo tomando as rédeas do seu próprio
destino e dizendo em alto e bom tom: BASTA! Daqui para frente mando eu! Chega
de opressão!
A tomada da Bastilha foi tão emblemática
e importante que acabou desencadeando, de forma indireta, na própria
“Declaração dos direitos do Homem e do Cidadão”, o manifesto documental que foi
a base filosófica de toda a Revolução Francesa. Daí veio o lema: “Liberdade,
Igualdade e Fraternidade”, que era parte do ideário maçônico muito antes da
Revolução Francesa e que foi incorporada ao clamor popular para lhe dar forma e
direção.
Essas são as evidências históricas de
que o mais importante evento revolucionário da história humana foi inspirada e
liderada moral e ideologicamente pela Maçonaria.
A Inspiração
maçônica da Revolução Francesa
Clamor popular é simplesmente fúria cega
se não houver uma inteligência por trás que lhe dê forma, direção e controle.
Esse foi o papel da maçonaria na
Revolução Francesa. Os líderes maçônicos conseguiram revestir de um ideal todo
aquele clamor cego e selvagem e, com habilidade e coordenação, conseguiram
transformar uma revolta caótica numa revolução organizada e eficiente.
Evidentemente isso é assunto para uma
longa prancha em outra ocasião, mas somente para registrar e fazer justiça aos
maçons da época, que, com muita coragem e sacrifício, conseguiram enxergar
acima do vulgo e criar luz do caos.
Ir؞ Alfredo Ramos - M؞M؞ da ARLS Verdadeiros Irmãos, 669
Or؞ de São Paulo
14 de julho de 2021 da E؞V؞
Parabéns meu Irmão… obrigado pelas informações
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