O TEMPLO MAÇÔNICO

O TEMPLO MAÇÔNICO

A CELEBRAÇÃO DA VIDA

Autor: Ir.´. Paulo Antonio Muller Junior
C.´. M.´. da ARLS Verdadeiros Irmãos, 669



Recentemente, eu perdi um grande amigo.  Nós éramos amigos desde a infância, sempre estivemos juntos, e, Mauricio fez a passagem, considerando as nossas crenças espíritas, esse é o termo correto.
Voei de São Paulo até onde eles estavam celebrando a sua vida. Eu pensei comigo: que sábia e conveniente iniciativa. O comum é fazermos os funerais onde as pessoas ficam sentadas em volta do caixão sentindo-se mal por conta da perda. Nessa celebração de vida, nós nos sentimos bem sobre todas as coisas boas que o Mauricio tinha feito e como ele havia ajudado tantas pessoas. Mauricio era um médico sem fronteiras.
Tive a oportunidade de falar um pouco sobre ele e falei sobre a beleza de sua personalidade e como ela se mantinha viva em seus filhos. Nada morre de verdade, ainda segundo nossas crenças.
Fiquei pensando, longamente, sobre todo o estudo que tivemos na nossa religião e não importando qual religião seja. Nada disso importa na morte. Se você estuda ciências, sabe que nada é criado ou destruído, tudo é transformado. Pensemos sobre isso um momento. A alma, espírito, ou qualquer outro nome que queiramos dar, sai do nosso corpo e vai para uma nova fase em sua eternal jornada.
Algumas vezes me perguntaram: “Como você lida com o pesar quando perde alguém próximo?”
Sempre respondo que certa quantidade de dor e pesar é saudável, mas logo se tem que seguir em frente e celebrar a vida daquela pessoa. Entender que aquela pessoa foi-se apenas fisicamente, mas ela não se foi espiritualmente. Veja você, mesmo o corpo físico não morre. Se você olhar este corpo sob o microscópio, você o verá se transformar diante dos seus olhos. Se não, como ele se transformaria em pó, afinal?
Não existe essa coisa de morte. Nascimento e morte, como nós ocidentais conhecemos, são apenas transições. Nós nos mudamos para este corpo e, certamente, nos mudaremos para fora dele.
Perguntam-me, com tanta frequência, que resolvi transformar meus pensamentos e conceitos neste breve relato.  Se você perdeu alguém próximo, pare e reflita: Essa pessoa está na próxima fase de sua eterna jornada. Se ele ou ela pudesse falar com você, e provavelmente eles o querem, eles sem dúvida compartilhariam as palavras do poeta, que dizem: “Se você pudesse ver para onde eu fui você se perguntaria, por que ficou tão triste”.
Como você pode ver, estive pensando sobre a parte espiritual de nossa vida por algum tempo. Decidi fazê-lo para tentar com que eu pudesse entender um pouco melhor a mim mesmo e as minhas crenças. Talvez possamos dividir estas crenças com outros amigos que se sintam só pela perda de entes queridos. Reafirmando que eles podem ter ido fisicamente, mas eu posso assegurar que eles ainda estão por perto, em espírito.

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