O TEMPLO MAÇÔNICO

O TEMPLO MAÇÔNICO

AMOR, PAZ, TOLERÂNCIA E CARIDADE.


 Autor: Ir.´. Angel Zaccaro Conesa
M.´.M.´. da ARLS Verdadeiros Irmãos, 669

Tem uma passagem na historia de Israel que descreve o esforço de Zorobabel, filho de Salatiel, da estirpe real de Davi. Era seu objetivo a reconstrução do Templo de Salomão, destruído pelo exercito de Nabucodonosor II.
Após serem libertados, pois eram mantidos escravos há 70 anos, pelo rei Ciro II, sucessor de Nabucodonossor II, Zorobabel e mais sete mil judeus rumavam para Israel com o intuito de reconstruir o Templo e ao atravessarem uma ponte no Rio Tigre tiveram que  travar uma batalha com os Samaritanos, que queriam impedir a sua empreitada. Esta batalha é conhecida como a “Passagem da Ponte” e tem um valor simbólico, muito importante em nossos estudos maçônicos. Significa que quando há um propósito toda ação torna-se uma batalha para a conquista de uma ponte e deve ser travada com coragem e confiança na vitória, pois haverá sempre um  “inimigo” para tentar nos afastar de nossos propósitos. Tal ensinamento procura pois integrar a tradição israelita de eterna construtora e reconstrutora de um edifício que é destruído e reconstruído muitas vezes, até que atinja a sua forma perfeita ( tal como o caráter do homem e a sua sociedade) com a ideia de que, para atingir essa formulação é preciso que o homem aprenda a viver em verdadeira Fraternidade, buscando a verdadeira justiça....


Mesmo vencendo a “Passagem da Ponte”  Zorobabel continuou  lutando pelos seu objetivo, uma vez que  inconformados e movidos pela inveja, pois queriam ser os únicos a ter um Templo erguido em homenagem à Deus, os Samaritanos guerrilheiros e associados a outras nações vizinhas, lançavam-se repetidamente a ataques tentando obstruir o progresso alcançado por Zorobabel em sua perseverança de reerguer o Templo destruído.
Assim  também são os homens, que por sua incompetência de recomeçar, preferem atacar e destruir a moral daqueles que persistem em fazer de seu corpo a morada dos mais puros instintos e sentimentos aprimorados pelos estudos constante  na necessidade de construir e manter uma sociedade melhor. Os homens que corrigem e reconstroem as rachaduras criadas em seus muros e paredes, consertando-as e cicatrizando-as de dentro para fora, usando o cimento do amor para unir as discórdias, são deliberadamente atacados pelos invejosos . Resta-lhes fazer, como Zorababel, colocar de lado a espada e usar de sua sabedoria para, de forma diplomática, sem violência, manter a construção do seu Templo, mantendo a união entre os Irmãos.

Durante a construção, usando de cartas de propaganda contra a construção do Templo, a oposição de Zorobabel atormentava Dario, o Rei da Pérsia com o intuito de enfurecê-lo e obriga-lo parasse a restauração do Templo.
Zorobabel criou então uma comissão composta por três pessoas desconhecidas com quatro Cavaleiros do Oriente que negociaram com Dario a forma de enfrentar tais ataques. Depois de humilha-los Dario  libertou-os e decretou que se alguém interferisse nos trabalhos de  construção  seriam crucificados.  Zorobabel, afim de evitar injustiças  estabeleceu cinco Juízes para administrariam a aplicação da justiça.
Tira-se como lição desta passagem que para qualquer ação ou empreendimento a que nos atiramos é necessário o trabalho incessante e uma grande disposição de lutar pelos nossos objetivos, principalmente em defesa contra a oposição difamadora.
                          

Precisamos de coragem na busca de  entender o conflito entre o material e o espiritual, fazendo redescobertas que animavam nossos antigos Irmãos.
Nossos ancestrais viviam em cavernas ou florestas, lutando diariamente para manter a subsistência. Seus inimigos eram os animais selvagens e feroze, as forças da natureza e seus vizinhos hostis. Venciam ou eram aniquilados. Sobreviveram os indivíduos, características espirituais, que possuíam determinação para vencer.
Hoje, certamente não é diferente, porém não mais necessitamos reparar Jerusalém para adorar, nem oferecer sacrifícios e derramar sangue para propiciar a Divindade, o homem pode fazer dos bosques e montanhas suas Igrejas e adorar Deus com uma gratidão devota e com obras de caridade e beneficência a seus companheiros.
Já não esperamos mais reconstruir o Templo em Jerusalém. Para nós ele se tornou apenas um símbolo.
Para nós, o mundo inteiro é o Templo de Deus, tal como cada coração sincero.
Estabelecer em todo o mundo o Reino do Amor, Paz, Caridade e Tolerância. 
É construir este Templo, no qual a Maçonaria está ou deveria estar engajada!

Michelângelo,  vendo um pedaço de mármore exclamou : “ Mas tem dentro dele um anjo prisioneiro, e eu preciso libertá-lo!”

Bibliografia :
Albert Pike –             Moral e Dogma – Graus Capitulares
Henry C. Clausen –  Comentários sobre Moral e Dogma -
João Natalino -         Conhecendo a Arte Real – Ed. Martins Fontes

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