O TEMPLO MAÇÔNICO

O TEMPLO MAÇÔNICO

A CRISE NA POLÍTICA E NA MAÇONARIA


Pronunciamento do senador Pedro Simon fazendo um apelo às sociedades, na tribuna do Senado.
O apelo era para que o povo acabasse com a corrupção, não reelegendo os corruptos. Convocou a CUT, a UNE, LIONS, ROTARY, O POVO EM GERAL E A MAÇONARIA.
Nessa ocasião, o senador Mozarildo Cavalcante apresentou um folder do GOB, manifestando o repúdio pelo que
está acontecendo no Brasil.
O senador destacou os feitos passados da Maçonaria e pediu a todos os Maçons que se engajassem nessa luta, saindo de suas Lojas e voltando a ser a Maçonaria combativa de outrora. O senador Cristovam Buarque pediu um aparte e sugeriu que a Maçonaria começasse, em casa, a dar o exemplo, punindo os seus membros corruptos e fazendo uma melhor seleção para novos iniciantes. Ele enfatizou, principalmente, os Maçons que estão na política, fazendo o contrário do que prega a filosofia e os preceitos da Ordem, numa alusão ao governador do DF, que é Maçom. O Ir.´. Mozarildo disse que aqueles que estivessem envolvidos em corrupção seriam afastados da Ordem.

Vejam que os profanos estão cobrando uma postura séria da Maçonaria, para com seus membros que se desviam de seus preceitos. Infelizmente a nossa sublime Ordem está contaminada pelo vírus da infidelidade, da ganância, da desonestidade e falta de ética. Hoje as Lojas estão cheias de elementos sem a menor condição moral e intelectual para adentrar seus recintos sagrados. Irmãos despreparados convidam profanos, sem observarem suas vidas pregressas e quando algum irmão, zeloso pela entidade, mostra seu verdadeiro caráter, é chamado de mentiroso e até ameaçado pelo profano, que recebeu a informação em poucas horas. O pior é que sabemos quem vazou a informação, informamos às autoridades maçônicas e ninguém toma qualquer providência, alegando não termos como provar. O traidor continua impune e desfrutando de todas as benesses do cargo que exerce.
É assim que está a Maçonaria de hoje, cheia de profanos de avental, arrebanhando mais profanos desqualificados e execrando os que lutam e defendem a Liberdade, Igualdade e a Fraternidade.
Se não despertarmos para fazer uma limpeza criteriosa nas nossas fileiras, estaremos fadados a ser execrados e desrespeitados pela população, como está o Congresso Brasileiro.
Por esse motivo muitos têm se afastado das Lojas, por não concordarem com o que vêem, dando ainda mais espaço para os sem caráter. Apesar dos dissabores, da vergonha de ver o que está acontecendo e da falta de decoro,
continuarei na luta, seguindo os preceitos do evangelho:
*(MT 10:22) - E odiados de todos sereis por causa do meu nome; mas aquele que perseverar até ao fim será salvo.* 
 
 
Petronilo Pereira Filho M.´.I.´. 
Loja Carneiro da Cunha, 17- Or.´. João Pessoa-PB 
GLMEPB - Grande Loja Maç.´. E.´. Pernambuco
TAMBEM CONCORDO E VOU PROCURAR FAZER MINHA PARTE, NÃO VOTANDO EM CORRUPTOS E USURPADORES.

PIRRONISMO: FICAR EM CIMA DO MURO !

Newton Terceiro(*)

Já estamos vivenciando tempo de eleição para Grão Mestre!  Queiram ou não, é um tempo difícil onde a ética e valores morais são testados junto ao povo Maçônico da Potência.

A todo Maçom votante chegarão as promessas, acusações, previsões que, normalmente, preenchem as campanhas eleitorais.  Choverão malas-diretas, tanto postal como via Internet.  As Lojas receberão as visitas dos candidatos que derramarão as ladainhas de sempre.  O eleitor, que sabe como foi no passado, com candidatos eleitos que agiram , depois de empossados, contrariamente, às promessas, não sabe o que fazer.  Em quem acreditar ?  Como saber quem diz a verdade ?  Quem é, realmente, sincero ?  Muitos acabam negligenciando e votam por votar.

Onde está a nossa força ?  Onde está a nossa Luta ?  Nossos desejos de uma Potência progressista e atuante, sem mazelas ?  Não queremos uma Potência com futuro digno que precisa vir à tona ?  Por que nos acomodamos e não arregaçamos as mangas ? Por que somos apáticos e deixamos acontecer ?  Como descobrir a força que há em nós ?  Matematicamente, o povo Maçônico é maioria, perante as chapas candidatas.  O que nos impede para que se coloque quem realmente tem o potencial necessário e à altura para a tão importante função ?  Sempre que ficamos quietos estamos apoiando alguém, e, na maioria das vezes, aqueles que intimamente, não concordamos é que acabam conquistando o cargo maior.

Não obstante, a parte pior, que vem acontecendo em todas as eleições da nossa Potência, é o PIRRONISMO !

Durante o IV Século a.C um importante grupo de filósofos pregavam, e eram imbuídos, da Escola de Pirro. (Pirro de Élis – 360 a 270 a.C).  Tais sábios, perante a impossibilidade de conhecer a verdade, ou de decidir entre os argumentos contraditórios, suspendiam a decisão, à espera de que  alguma evidência surgisse em favor de um ou de outro, o quê, eles mesmos, achavam impossível acontecer.  Atualmente, quando deparamos com uma situação assim, dizemos que é “ficar em cima do muro”.  E sempre há um pragmático pirronismo durante as eleições na nossa Potência.

Alguns pseudo-lideres, sempre com algum interesse em posições de relevo na futura administração da nossa Potência, procuram infiltrar-se nos grupos de cada candidato mostrando-se simpáticos, mas sem um compromisso formal, pois, se ele optar por um candidato, não terá a chance de obter o que quer com o possível outro ganhador.  Esses elementos têm sido a praga nas administrações da nossa Potência !  Mudam os Grãos Mestres, mas essas figurinhas carimbadas sempre estão lá !  E sabemos quão pernicioso isso tem sido.  E é só ficando em cima do muro, durante a campanha, que terão chances de serem chamados e infiltrarem-se na nova administração.  PIRRONISMO !

E ainda tem os nanicos !  A exemplo das eleições para Prefeito, Governador e Presidente, têm aqueles que se candidatam sabendo, de antemão, que não tem chance nenhuma de vencer, mas que o fazem para negociar apoio visando futuros favores. 

O resultado, que se tem obtido com tudo isso, são as mazelas e o nome denegrido da Potência, uma coisa que temos de impedir que continue !  Precisamos deixar de ser simples atores, de nossas próprias ações, e agir como autores, mostrando que mesmo sendo árdua, a luta por dias melhores, da nossa Potência, vale a pena ! 

(*) Newton Terceiro: Mação por opção!                                                                                                  20.02.2010

SELOS DE TAXAS MAÇÔNICAS

e. figueiredo(*)

“Quem guarda, tem !...”
        Minha saudosa falecida Mãe



Infelizmente,  em quase todos os setores, não há uma preocupação maior em se preservar a memória.  Destroem-se, e vão para o lixo, preciosidades que no futuro farão falta quando se pesquisar com o propósito de se resgatar a História.  Poucos são aqueles que têm a visão de que construímos a História ao longo do tempo e, raríssimos são os que guardam, para a posteridade, documentos e dados fiéis, que registram os acontecimentos, que propiciem aos pósteros elementos que não distorçam a verdade e que confirmem os fatos.  São a principal matéria-prima para os pesquisadores e historiadores, com suas perambulações para recompor a História, agindo como detetives, para elaborarem os resultados dos seus trabalhos e divulgá-los com seriedade, contando os episódios com a maior fidelidade possível.

Uma das fontes em que os pesquisadores e historiadores se baseiam, para buscar determinados dados e confirmações de acontecimentos, nas suas andanças e peregrinações, são coleções.  Coleções de selos, moedas, medalhas, jornais, revistas, pinturas, fotos, cartões postais, cartas, caixas de fósforos, embalagens de cigarros, brinquedos, figurinhas, bilhetes de loterias, livros, manuais, são alguns poucos exemplos.  Geralmente, o valor intrínseco das coleções é medido pela raridade das peças que as compõem, justamente porque o que fica para a posteridade é o que escapou da destruição, é algo que alguém guardou, seja intencionalmente para ter um registro ou, quase sempre, por razões sentimentais.  Assim, quanto menos existir determinado objeto, maior será o valor do que sobreviveu e maior dificuldade para aqueles que buscam informações para o trabalho que se propõe a elaborar para contar a História.  O colecionismo, dessa forma, passou a ser uma das maiores fontes para se pesquisar, seja qual for o segmento e o objetivo focados.

Dentre tudo que se coleciona, a Filatelia é considerada o hobby por excelência, o mais popular e praticado em todo mundo !  Alem da idéia básica de entretenimento cultural, pode ser considerada uma arte e até uma ciência, que faz por preservar a memória dos principais acontecimentos da Humanidade.  É o testemunho da história e cultura do mundo.  Os selos refletem as imagens de todas a nações do planeta de acordo com as suas particularidades inerentes e características peculiares, retratando aspectos culturais, sociais e históricos.  É um fundo de conhecimento geral.  Face à sua importância, diversos países introduziram a filatelia em seus currículos escolares.  Os filatelistas costumam dizer que os selos postais contam a verdade !

Na Maçonaria havia um expediente de se selar os documentos com uma estampilha, comumente referida como “Taxa Maçônica”, hoje descontinuada em virtude da informatização.  Eram selos apostos em pranchas, rituais, requerimentos, “Quite Placet”, diplomas, certificados e mil outros documentos, para dar autenticidade legal do que emanava da Potência Maçônica.  Algumas poucas Lojas Maçônicas chegaram a fazer uso dessa prática.  Esses papeizinhos têm aparência de selos postais e, como eles, cores características, uns picotados, outros percês, alguns como adesivos, nos mais variados formatos: quadrados, retangulares, circulares, ovais e até estrelados.  Obviamente, teria de aparecer interessados em colecionar e estudá-los, no mesmo critério filatélico.

Alguns selos Maçônicos foram usados por décadas, outros caíram em desuso em pouco tempo, e, por vezes, alguns foram substituídos, alterados ou modificados, o quê trouxe uma variedade de espécimen.  Tais selos, geralmente com as cores e emblemas das entidades, registraram, de alguma forma, passagem e evolução da Sublime Ordem em suas variadas Potências, ao darem autenticidade em algum documento por elas emitidos e despachados.  Contudo, nunca houve a preocupação voluntária de se guardar exemplares para a posteridade.  É provável e lamentável, que algumas dessas entidades não mais existam e que teriam a mesma prática: o expediente de se selar e carimbar seus documentos, agora, perdido no tempo.

Os selos usados pelo Grande Oriente do Brasil eram os mesmos para todo o país.  As Grandes Lojas, porém, tinham o seu uso conforme o Estado da Federação, apesar que algumas não utilizavam ou recorriam a apenas aos carimbos, com as divisas da entidade, para dar autenticidade na documentação da Ordem.  Os carimbos aparecem, por vezes, obliterando selos Maçônicos.  Esses conhecimentos se adquirem com o colecionismo de selos de taxas Maçônicas.  Ao estudá-los, muita coisa se descobre, como por exemplo, que o selo azul, utilizado durante muitos anos nos documentos pela Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo, havia sido precedido de um idêntico na cor vermelha, considerado raríssimo pelos entendidos.  Alguns Supremos Conselhos (entidades que ministram os Graus Filosóficos para os Maçons) chegaram a utilizar selos em seus documentos e correspondências.  Encontramos muitos selos criados para registrar efemérides de Lojas e Potências, como aniversários de Loja, jubileus, conferências ou algum evento importante, apostos em cartas, envelopes e convites.  Essas estampilhas, pois, têm parte da história da Maçonaria.  E, como não poderia deixar de ser, acabou despertando a curiosidade e o interesse de pessoas em colecioná-las.  Mas são raríssimos os colecionadores que  surgiram interessados nesses selos, para guardar, colecionar e estudar, a exemplo dos selos postais, propriamente dito.  Não obstante, deve seguir a mesma metodologia da coleção filatélica, como senso de observação, atenção, paciência, registro e rigor na avaliação, elementos obrigatórios para se chegar à profundidade do tema que se está pesquisando.

O colecionismo de Selos de Taxas Maçônicas é considerado tão importante, que um dos maiores pesquisadores Maçônicos do Brasil, o escritor maçonólogo, numismático e filatelista Kurt Prober (1909-2008), do Rio de Janeiro, RJ, ímpar da pesquisa Maçônica brasileira, editou um catálogo para registrar, o que até a data da sua edição fora possível reunir, as emissões dessas estampilhas.  Um trabalho de fôlego, com reproduções dos principais selos Maçônicos encontrados, facilitando, sobremaneira, àqueles que pesquisam e estudam o assunto ou que, também, colecionam.  Como esses selos tinham trâmite restrito, isto é, apenas no âmbito da Maçonaria, torna-se extremamente dificílimo pesquisar e obtê-los, principalmente os antigos, da época em que os livros, documentos e objetos da Sublime Ordem eram guardados a Sete Chaves. 

A coleção de Kurt Prober, que ele apregoava com orgulho ser a maior do mundo, foi cedida a um colecionador brasileiro, que prefere se manter no anonimato, não só pelo valor estimativo e sentimental mas, principalmente, monetário, cuja avaliação do acervo não é revelada.  Segundo se sabe, a intenção do atual proprietário dessa coleção é doá-la para o museu de uma das Potências Maçônicas do Brasil.

São poucos, realmente, os colecionadores conhecidos de Selos de Taxas Maçônicas, e, quase todos filatélicos ávidos por descobrirem peças raras para aumentar e valorizar, ainda mais, suas coleções.  E é provável que existam essas peças enfurnadas em velhos baús ou fundos de gavetas, e, numa eventual faxina, correm o risco de irem para o lixo....

...continuando-se a destruir a História !

Não obstante, nem tudo está perdido !  Graças à semente plantada por Kurt Prober e aos poucos aficionados na coleção de Selos de Taxas Maçônicas, que ainda insistem nas suas pesquisas, esses papeizinhos ainda têm muito a revelar porque, para o colecionador, a busca é sempre infindável....



(*) E. Figueiredo -  é jornalista - Mtb 34 947 e pertence ao
CERAT - Clube Epistolar Real Arco do Templo  / 
Integra o GEIA –  Grupo de Estudos Iniciáticos Athenas /
Membro da  Confraternidade Mesa 22, e é
Obreiro da ARLS Verdadeiros Irmãos– 669 (GLESP)