(Parte Final)
Autor: Ir.´. Dilson C. A. Azevedo
Coloque-se aqui a propósito, as palavras do monge budista Thich Hanh em seu livro “Nosso Encontro com a Vida” (Editora Vozes 2010).
“Costumamos pensar que o nascimento é aquilo que não existe vindo a existir, e que a morte é o que existe deixando de existir”.
Quando olhamos para as coisas em profundidade, vemos que essa idéia sobre nascimento e morte é equivocada em vários aspectos.
Nenhum fenômeno pode vir a existir do nada, e nenhum fenômeno que existe pode tornar-se nada. As coisas se transformam incessantemente.
A nuvem não morre, apenas transforma-se em chuva. A chuva não nasce, é apenas a transformação da nuvem. Folhas, um par de sapatos, alegria e pesar conformam-se a esse princípio de não nascer e não morrer.
(4ª) Um aspecto em Biologia que não deve ser desconsiderado é o de Capacidades Psíquicas no Homem, envolvendo outros sentidos que não os cinco comuns, embora, mesmo pela Ciência oficial, ainda existam outros, como por exemplo, aquele do equilíbrio.
Desde tempos imemoráveis, em civilizações diversas, algumas pessoas demonstraram capacidades incomuns, assunto que hoje em dia pode ser analisado abertamente, sem os envolvidos serem executados como bruxos, ou repudiados pela Sociedade, ou ainda serem chamados de Hereges. Aliás, antigas Sociedades Iniciáticas, até hoje existentes, preparavam desde então seus membros após longo tempo de desenvolvimento moral e espiritual para o estudo desses assuntos. Também incutiam aos neófitos os objetivos de: “Saber a Verdade, querer o Bem, amar o Belo, Fazer o que é Justo”. (Valter B. Junior Viagem aos Segredos da Mente – Editora Universalista – Londrina 2002). Elas usavam (usam) técnicas como seqüências respiratórias, muitas delas encontradas em livros de yoga (Pranayama, por exemplo, a respiração polarizada alternando as narinas, Sukha Purvak) e depois permanência em um estado de Passividade Mental (baixa frequência cerebral) para entrar em ressonância com informações de altas energias vibratórias, desenvolvendo assim outro nível de consciência.
Alguns cientistas, entretanto, procuram impedir a análise desse tópicos, que segundo eles e como falou Sigmond Freud (1856-1939), contaminariam a Ciência com a “Lama Negra da superstição”. Evitam discutir estes fenômenos abertamente receosos em perder prestígio pessoal. Dizem com razão, que são coisas difíceis de serem repetidas em experimentações, serem involuntárias e inesperadas, e carentes de teorias explicativas. Entretanto isto está mudando graças a Física Quântica, conhecimento que estuda tudo o que ocorre no nível atômico-energético e que nos deu a fantástica tecnologia atual.
A Ciência Oficial é sempre hostil a novidade confirmando as palavras do filosofo alemão Schopenhauer(1788-1860):
“Toda Verdade passa por três estágios: no primeiro é ridicularizada, no segundo é rejeitada com violência, no terceiro é aceita como evidente por si própria”.
Esses temas também estão ligados a preconceitos pessoais e religiosos, e engenhosas fraudes.
A demonstração de algumas potencialidades acontece em ambientes escuros, procurando iludir os incautos e aqueles sem conhecimento de truques mágicos.
Citem-se como exemplos de mistificações:
(1°) Aderir uma moeda, graças à fina camada de cera, em uma lâmpada, a qual ao ser acesa, derrete a cera, fazendo cair à moeda, dando a ilusão ela materializou-se ou foi transportada de outro local.
(2°) Inserir pequenos fragmentos de imãs sob a pela ou unha, e falsamente movimentar objetos metálicos.
Ressalte-se também o aspecto de que os fenômenos que não se encaixam nas teorias de uma época são desconsiderados, embora seja obrigação cientifica estudar o incompreensível, não fingindo que ele não existe.
Em 1768, caiu algo do céu (meteorito) em uma aldeia na França.
O famoso cientista Lavoisier (1743-1794) guilhotinado na Revolução Francesa por culpa de Marat (1743-1793), após teste no objeto, viu que era uma pedra. Entretanto comunicou a Academia de Sciencie em Paris:
"Não existem pedras no céu. Logo elas não podem cair do céu". Apesar da sua genialidade não pode ou teve coragem de reconhecer algo incomum. Lavoisier foi quem enunciou o princípio da conservação da matéria:
“Rien ne se perd, rien ne se crée, tout se transforme” (nada se perde, nada se cria nada, tudo se transforma).
A seu respeito, o matemático Lagrange disse: “Não bastaria um século para produzir uma cabeça igual a que se fez cair num segundo”.
Relatam-se agora exemplos históricos indiscutíveis ligados a essas capacidades:
(1°) O cântico 13 da Divina Comédia, obra prima de Dante Alighieri (1215-1321) foi ocultado pelo autor, e considerado perdido.
Um filho do poeta, sonhou com seu pai indicando-lhe o local onde encontrar o manuscrito.
(2º) O presidente americano A. Lincoln relatou um sonho (21/03/1865) a respeito de sua própria morte (assassinado em 14/04/1865).
(3º) Hans Berger (1873-1941), neurologista alemão criador da eletroencefalografia (registro gráfico da atividade elétrica cerebral), acidentou-se em manobras militares. Sua irmã sonhou sobre o fato. No outro dia seu pai enviou-lhe um telegrama perguntando o que tinha acontecido.
Berger então mudou sua vocação de Astrônomo para Médico, a fim de estudar mistério do cérebro.
Algo também interessante são os estudos a cerca da consciência fora do corpo físico.
Em 1975 o psiquiatra americano Raymond Moody (1944) publicou seu livro “Vida após a Vida” relatando casos de pessoas que vivenciaram a citada sensação em condições de morte clínica. Tais “confissões” foram, obtidas com muita dificuldade, pois os pacientes não queriam “expor-se”.
Também não tinham interesses econômicos ou religiosos no que informavam. Os relatos então na literatura médica, se avolumaram. Prontamente os Psiquiatras Ortodoxos imputaram o que estava sendo descrito como fenômenos alucinatórios causados por falta de oxigenação cerebral ou uso de drogas medicamentosas. Matreiramente porém esqueceram-se de casos como aquele de um paciente que descreveu objetos no telhado do hospital onde estava internado, o que foi depois do confirmado.
Outro medico o Dr. Larry Dossey autoridade medica (www.dosseydossey.com), em seu livro “Reencontro com a Alma”, fala de uma mulher que após parada cardíaca, relatou minuciosamente o que sucedeu e como estava a sala cirúrgica. Nada de especial portanto. Algo intrigante no caso é que a paciente era cega de nascença !!!
“All Science is empirical Science, all theory is suburdinate to perception; a single fact can overturn an entire system.” Frederik Van Eeden.
(Toda a Ciência é empírica, toda a teoria está subordina á percepção, um fato único pode destruir um sistema inteiro).
Aos que desejam uma “atualização” neste aspecto, sugere-se ler antigo pronunciamento em Eclesiastes, cap. 12, vers. 1-8 !!!
Os conhecimentos que englobam todos esses assuntos são vastos e complexos. Recomenda-se aos interessados duas excelentes obras:
(a) Introdução a Parapsicologia
Pedro Morales:
- Texto simples, abrangente, não sectário, muito didático. Pode ser obtido pelo tel. 041- 356353 ou por www.amorc.br/lojavirtual .
(b) THE END OF MATERIALISM
Charles Tart, Ph. D, 2009:
- Importado através www.amazon.com . Livro atualizadíssimo, contendo no final extensa lista de sites e organizações que estudam estes fenômenos.
Exemplos:
(a) Journal of near death studies: www.iands.org/jornnd.html
(b) Lexscien
Biblioteca virtual: www.lexscien.org .
(c) ESALEN CENTER FOR THEORY AND RESEARCH
www.esalenctr.org .
(d) INSTITUTE OF NOETIC SCIENCES: www.moetic.org
(5ª) A opinião do biólogo Rupert Sheldrake acerca da existência de Campos Morfogenéticos (modeladores da forma), não materiais, algo como os arquétipos Jungianos. Isto poderia ser explica do por uma analogia: em uma casa o seu planejamento não está nos tijolos, fios, pilastras ou cimento, porém um outro nível. Estes campos também orientariam comportamentos instintivos após o aparecimento do comportamento pela primeira vez. Um exemplo celebre é a conduta de alguns macacos em lavarem batatas antes de comê-las e depois outros macacos, de locais distantes, passarem a ter o mesmo comportamento até então nunca realizado.
Segundo Sheldrake: “os genes são transferidos materialmente por seus ancestrais e permitem produzir certos tipos de moléculas. Os campos mórficos são herdados de um modo não material, por ressonância mórfica, não apenas de ancestrais diretos, mas também de outros membros da espécie. O organismo sintoniza os campos mórficos da sua espécie e, desse modo, tem a sua disposição uma memória coletiva ou de grupo, onde colhe informações para o seu desenvolvimento”.
(6ª) A formação pelo cientista inglês James Lovelock (1919) da Hipótese Gaia (deusa da Terra), considerando o nosso planeta um organismo auto regulado, permitindo isso estabilidade para abrigar a Vida,mediante interações entre tudo o que existe, levando aos homens uma grande responsabilidade ecológica (evitar geocidio).
Um exemplo de problema ecológico em nosso planeta é o uso desenfreado de objetos descartáveis. Por exemplo: uma fralda descartável polui o ambiente por cerca de 400 anos.
Podemos individualmente adotar medidas úteis para evitar o aumento dessas agressões: fazer coleta seletiva de lixo; economizar luz; água e gás (sua queima aumenta o efeito estufa, usar na cozinha fogo brando e panela de pressão); preferir produtos orgânicos cultivados e sem pesticidas (inclusive lesivos a nossa saúde) etc.
Esta nossa preocupação com o Planeta Terra, desenvolvida apenas atualmente, já era defendida muitos anos atrás por grupos considerados selvagens.
Um exemplo é a carta enviada por Chefe Sioux, em 1854, ao Presidente dos Estados Unidos dando uma belíssima e empolgante lição de vida e ecologia.
Destaque-mos algumas frases:
“... Ensinem as suas crianças o que ensinamos ás nossas: que a Terra é nossa Mãe”.
“... Disso nós sabemos a Terra não pertence ao homem; o homem é que pertence a Terra. Disto sabemos: todas as coisas estão ligadas como o sangue que une uma família. Há uma ligação em tudo.”
“... O homem não teceu a teia da Vida: ele é simplesmente um de seus fios.”
“... Onde está o arvoredo? Desapareceu. Onde está a água? Desapareceu. É o final da Vida e o inicio da sobrevivência.”
(7ª) O sentido da Vida, tema de infindáveis analises por Filósofos e Religiosos chegando a diversas conclusões.
Há quem fale em inexistência de sentido, e que: “a vida não deve ser levada tão a sério, se ela é uma aventura na qual não sairemos vivos.”
Outros concordam como que disse Jacques Monod (1910-1976–Prêmio Nobel de fisiologia/medicina): “O Homem sabe finalmente que está só na indiferente imensidão do Universo, de onde emergiu por acidente”.
Alguns desiludem-se com explicações, como o poeta espanhol Leon Felipe:
“Eu não sei muitas coisas, é verdade digo somente o que vi.
E eu vi:
Que o berço do homem é embalado com histórias...
Que os gestos de angustia dos homens são sufocados com histórias...
Que o pranto do homem é enxugado com histórias...
Que os ossos do homem são enterrados com histórias,
E que o medo do homem inventou todas as histórias.
Eu não sei muitas coisas, é verdade, porém me fizeram adormecer com todas as historias.
E sei todas as histórias.”
Existem os que apóiam a opinião de William Shakespeare (dramaturgo inglês, 1564-1616):
“O mundo inteiro é um palco, e todos os homens simples atores, com as suas saídas e entradas, com múltiplos papéis em atos que abrangem sete idades. A derradeira cena, termino da memorável história da Vida, é a Segunda Infância, aquela da falta de dentes, de visão, de paladar, rumo ao nada.”
Ou ainda:
“A Vida é um jogo monótono, em que tens a certeza de ganhar dois pontos: a dor e a morte.
Feliz a criança que expirou ao nascer, mais feliz quem não veio ao mundo”. Omar Khayyan - poeta persa (1048-1131) em Rubaiyat (significa quadras).
São visões limitadas, amargas desanimadoras, prejudiciais a nossa saúde física, conduzindo uma vida sem propósito, estéril, que se esvai no tempo.
Aos que assim acreditam, talvez seja mais Equilibrado e Salutar, por não ser tudo fácil nessa vida: deixar as ilusões de lado, adaptar-se á dura realidade, não sendo porém egoísta ou egocêntrico. Abandonar, se existente, um comportamento infantil, tornando-se adulto. Desenvolver até uma atitude de confiança em algo melhor, pois a Criação não seria contraria a si mesma, e sabemos existir em ambiente grandioso em todos os detalhes. Admitir que pouco sabemos, e que a nossa visão de um objetivo pode estar embaçada por cargas emocionais.
Para resolvê-las disseram os mestres Taoistas:
“Primeiro aceite-se tome consciência, conheça-se, e depois tente mudar e transformar-se naturalmente.O caminho é longo!”.
Outro ponto de vista, entraria no âmbito religioso: estabelecer valores Sagrados ainda neste mundo.
A famosa psiquiatra Elisabeth Kubler Ross (1926-2004) assim se expressou:
“Spiritual growth is the sole purpose of four life here on earth.” (O crescimento espiritual é o único propósito de nossa Vida aqui na Terra).
Foi ela quem descreveu os estágios pelos quais passam os doentes terminais ou aqueles que enfrentam uma perda:
• Negação, isolamento.
• Cólera.
• Negociação.
• Depressão.
• Aceitação.
Um entendimento comum nesta procura por sentido poderia ser buscar a Felicidade (Eudaimonia); não um bem estar material, porém um equilíbrio interno, embora o psicanalista Sigmund Freud (1856-1939) tenha afirmado: “A intenção de que o Ser Humano seja feliz, não está no plano da criação.”
Nesse particular recomenda o filósofo grego Epicteto (50-130 a.C): “Não te esforces para que as coisas aconteçam como desejas, mas deseja os acontecimentos como ocorrem e terás uma Vida feliz.”
Fala-se ainda em atingir a autorealização, apenas disseminar genes na próxima geração (ponto de vista biológico), ou ainda que o sentido da Vida seja dado pelo Ser Humano através suas escolhas e metas.
Pode-se também destacar duas considerações. A primeira enunciada pelo Imperador Romano Marco Aurélio (121-180) de que o sentido seria expressar-mos nossas virtudes e entrelaçarmos as mesmas com as virtudes das outras pessoas.
A segunda sermos úteis a humanidade, inspirando-nos em palavras do Filósofo e Revolucionário Thomas Paine (1737-1809):
“A minha religião é fazer o Bem, e o meu País é o Mundo.”
Todas essas analises abordadas poderiam ser completadas por duas sugestões:
(1ª) Ser objetivo na Vida.
Sêneca (4 a.C – 65 d.C) disse:
“Não temos uma vida curta, mas desperdiçamos uma boa parte dela.”
Perguntaram a um velho rabino:
- Qual foi o dia mais especial da sua vida?
E quem foi a pessoa mais importante?
O dia mais especial da minha vida é hoje – respondeu ele
- E a pessoa mais importante é aquela com quem estou falando agora
(conto judaico)
“O único tempo real é o presente. O resto são memórias e esperanças.”
(Oscar Quiroga).
(2ª) Vivenciar cada dia como se fosse o último.
“Carpe Diem” (Aproveite o dia de hoje) falava o poeta romano Horacio (65 a.C – 8 a.C)
ÁPOS O QUE FOI EXPOSTO, VOLTEMOS A INDAGAÇÃO INICIAL:
O que é a Vida, e qual o seu significado?
Reposta humilde, concisa, e honesta:
Ignoramus et ignorabimus
(somos ignorantes e continuaremos ignorantes).
Emil du Bois – Reymond – fisiologista alemão (1872).
Entretanto, existe um entendimento belo, poético, eterno, abrangente da imaginação – Intuição:
“A Vida é uma lâmpada acesa:
Vidro e fogo.
Vidro, que com um sopro se faz.
Fogo, que com um sopro se apaga.”
Padre Antonio Vieira (1608-1697).
Que o G.A.D.U, Criador do visível e invisível, a todos ilumine e guarde!
Bibliografia
(1) Biologia - Albino Fonseca - Ed. Atica -1975.
(2) Enciclopédia do Estudante – Ed. Estado de SP 2008.
(3) Enciclopédia seleções do Reader’s Digest 2008.
(4) Cem maiores mistérios do mundo – S.Spignesi 2009.
(5) Folha de São Paulo – Caderno Ciência 15/10/2010.
O Ir.´. Dilson é membro ativo do GEIA e obreiro regular da ARLS Verdadeiros Irmãos, 669.
“Costumamos pensar que o nascimento é aquilo que não existe vindo a existir, e que a morte é o que existe deixando de existir”.
Quando olhamos para as coisas em profundidade, vemos que essa idéia sobre nascimento e morte é equivocada em vários aspectos.
Nenhum fenômeno pode vir a existir do nada, e nenhum fenômeno que existe pode tornar-se nada. As coisas se transformam incessantemente.
A nuvem não morre, apenas transforma-se em chuva. A chuva não nasce, é apenas a transformação da nuvem. Folhas, um par de sapatos, alegria e pesar conformam-se a esse princípio de não nascer e não morrer.
(4ª) Um aspecto em Biologia que não deve ser desconsiderado é o de Capacidades Psíquicas no Homem, envolvendo outros sentidos que não os cinco comuns, embora, mesmo pela Ciência oficial, ainda existam outros, como por exemplo, aquele do equilíbrio.
Desde tempos imemoráveis, em civilizações diversas, algumas pessoas demonstraram capacidades incomuns, assunto que hoje em dia pode ser analisado abertamente, sem os envolvidos serem executados como bruxos, ou repudiados pela Sociedade, ou ainda serem chamados de Hereges. Aliás, antigas Sociedades Iniciáticas, até hoje existentes, preparavam desde então seus membros após longo tempo de desenvolvimento moral e espiritual para o estudo desses assuntos. Também incutiam aos neófitos os objetivos de: “Saber a Verdade, querer o Bem, amar o Belo, Fazer o que é Justo”. (Valter B. Junior Viagem aos Segredos da Mente – Editora Universalista – Londrina 2002). Elas usavam (usam) técnicas como seqüências respiratórias, muitas delas encontradas em livros de yoga (Pranayama, por exemplo, a respiração polarizada alternando as narinas, Sukha Purvak) e depois permanência em um estado de Passividade Mental (baixa frequência cerebral) para entrar em ressonância com informações de altas energias vibratórias, desenvolvendo assim outro nível de consciência.
Alguns cientistas, entretanto, procuram impedir a análise desse tópicos, que segundo eles e como falou Sigmond Freud (1856-1939), contaminariam a Ciência com a “Lama Negra da superstição”. Evitam discutir estes fenômenos abertamente receosos em perder prestígio pessoal. Dizem com razão, que são coisas difíceis de serem repetidas em experimentações, serem involuntárias e inesperadas, e carentes de teorias explicativas. Entretanto isto está mudando graças a Física Quântica, conhecimento que estuda tudo o que ocorre no nível atômico-energético e que nos deu a fantástica tecnologia atual.
A Ciência Oficial é sempre hostil a novidade confirmando as palavras do filosofo alemão Schopenhauer(1788-1860):
“Toda Verdade passa por três estágios: no primeiro é ridicularizada, no segundo é rejeitada com violência, no terceiro é aceita como evidente por si própria”.
Esses temas também estão ligados a preconceitos pessoais e religiosos, e engenhosas fraudes.
A demonstração de algumas potencialidades acontece em ambientes escuros, procurando iludir os incautos e aqueles sem conhecimento de truques mágicos.
Citem-se como exemplos de mistificações:
(1°) Aderir uma moeda, graças à fina camada de cera, em uma lâmpada, a qual ao ser acesa, derrete a cera, fazendo cair à moeda, dando a ilusão ela materializou-se ou foi transportada de outro local.
(2°) Inserir pequenos fragmentos de imãs sob a pela ou unha, e falsamente movimentar objetos metálicos.
Ressalte-se também o aspecto de que os fenômenos que não se encaixam nas teorias de uma época são desconsiderados, embora seja obrigação cientifica estudar o incompreensível, não fingindo que ele não existe.
Em 1768, caiu algo do céu (meteorito) em uma aldeia na França.
O famoso cientista Lavoisier (1743-1794) guilhotinado na Revolução Francesa por culpa de Marat (1743-1793), após teste no objeto, viu que era uma pedra. Entretanto comunicou a Academia de Sciencie em Paris:
"Não existem pedras no céu. Logo elas não podem cair do céu". Apesar da sua genialidade não pode ou teve coragem de reconhecer algo incomum. Lavoisier foi quem enunciou o princípio da conservação da matéria:
“Rien ne se perd, rien ne se crée, tout se transforme” (nada se perde, nada se cria nada, tudo se transforma).
A seu respeito, o matemático Lagrange disse: “Não bastaria um século para produzir uma cabeça igual a que se fez cair num segundo”.
Relatam-se agora exemplos históricos indiscutíveis ligados a essas capacidades:
(1°) O cântico 13 da Divina Comédia, obra prima de Dante Alighieri (1215-1321) foi ocultado pelo autor, e considerado perdido.
Um filho do poeta, sonhou com seu pai indicando-lhe o local onde encontrar o manuscrito.
(2º) O presidente americano A. Lincoln relatou um sonho (21/03/1865) a respeito de sua própria morte (assassinado em 14/04/1865).
(3º) Hans Berger (1873-1941), neurologista alemão criador da eletroencefalografia (registro gráfico da atividade elétrica cerebral), acidentou-se em manobras militares. Sua irmã sonhou sobre o fato. No outro dia seu pai enviou-lhe um telegrama perguntando o que tinha acontecido.
Berger então mudou sua vocação de Astrônomo para Médico, a fim de estudar mistério do cérebro.
Algo também interessante são os estudos a cerca da consciência fora do corpo físico.
Em 1975 o psiquiatra americano Raymond Moody (1944) publicou seu livro “Vida após a Vida” relatando casos de pessoas que vivenciaram a citada sensação em condições de morte clínica. Tais “confissões” foram, obtidas com muita dificuldade, pois os pacientes não queriam “expor-se”.
Também não tinham interesses econômicos ou religiosos no que informavam. Os relatos então na literatura médica, se avolumaram. Prontamente os Psiquiatras Ortodoxos imputaram o que estava sendo descrito como fenômenos alucinatórios causados por falta de oxigenação cerebral ou uso de drogas medicamentosas. Matreiramente porém esqueceram-se de casos como aquele de um paciente que descreveu objetos no telhado do hospital onde estava internado, o que foi depois do confirmado.
Outro medico o Dr. Larry Dossey autoridade medica (www.dosseydossey.com), em seu livro “Reencontro com a Alma”, fala de uma mulher que após parada cardíaca, relatou minuciosamente o que sucedeu e como estava a sala cirúrgica. Nada de especial portanto. Algo intrigante no caso é que a paciente era cega de nascença !!!
“All Science is empirical Science, all theory is suburdinate to perception; a single fact can overturn an entire system.” Frederik Van Eeden.
(Toda a Ciência é empírica, toda a teoria está subordina á percepção, um fato único pode destruir um sistema inteiro).
Aos que desejam uma “atualização” neste aspecto, sugere-se ler antigo pronunciamento em Eclesiastes, cap. 12, vers. 1-8 !!!
Os conhecimentos que englobam todos esses assuntos são vastos e complexos. Recomenda-se aos interessados duas excelentes obras:
(a) Introdução a Parapsicologia
Pedro Morales:
- Texto simples, abrangente, não sectário, muito didático. Pode ser obtido pelo tel. 041- 356353 ou por www.amorc.br/lojavirtual .
(b) THE END OF MATERIALISM
Charles Tart, Ph. D, 2009:
- Importado através www.amazon.com . Livro atualizadíssimo, contendo no final extensa lista de sites e organizações que estudam estes fenômenos.
Exemplos:
(a) Journal of near death studies: www.iands.org/jornnd.html
(b) Lexscien
Biblioteca virtual: www.lexscien.org .
(c) ESALEN CENTER FOR THEORY AND RESEARCH
www.esalenctr.org .
(d) INSTITUTE OF NOETIC SCIENCES: www.moetic.org
(5ª) A opinião do biólogo Rupert Sheldrake acerca da existência de Campos Morfogenéticos (modeladores da forma), não materiais, algo como os arquétipos Jungianos. Isto poderia ser explica do por uma analogia: em uma casa o seu planejamento não está nos tijolos, fios, pilastras ou cimento, porém um outro nível. Estes campos também orientariam comportamentos instintivos após o aparecimento do comportamento pela primeira vez. Um exemplo celebre é a conduta de alguns macacos em lavarem batatas antes de comê-las e depois outros macacos, de locais distantes, passarem a ter o mesmo comportamento até então nunca realizado.
Segundo Sheldrake: “os genes são transferidos materialmente por seus ancestrais e permitem produzir certos tipos de moléculas. Os campos mórficos são herdados de um modo não material, por ressonância mórfica, não apenas de ancestrais diretos, mas também de outros membros da espécie. O organismo sintoniza os campos mórficos da sua espécie e, desse modo, tem a sua disposição uma memória coletiva ou de grupo, onde colhe informações para o seu desenvolvimento”.
(6ª) A formação pelo cientista inglês James Lovelock (1919) da Hipótese Gaia (deusa da Terra), considerando o nosso planeta um organismo auto regulado, permitindo isso estabilidade para abrigar a Vida,mediante interações entre tudo o que existe, levando aos homens uma grande responsabilidade ecológica (evitar geocidio).
Um exemplo de problema ecológico em nosso planeta é o uso desenfreado de objetos descartáveis. Por exemplo: uma fralda descartável polui o ambiente por cerca de 400 anos.
Podemos individualmente adotar medidas úteis para evitar o aumento dessas agressões: fazer coleta seletiva de lixo; economizar luz; água e gás (sua queima aumenta o efeito estufa, usar na cozinha fogo brando e panela de pressão); preferir produtos orgânicos cultivados e sem pesticidas (inclusive lesivos a nossa saúde) etc.
Esta nossa preocupação com o Planeta Terra, desenvolvida apenas atualmente, já era defendida muitos anos atrás por grupos considerados selvagens.
Um exemplo é a carta enviada por Chefe Sioux, em 1854, ao Presidente dos Estados Unidos dando uma belíssima e empolgante lição de vida e ecologia.
Destaque-mos algumas frases:
“... Ensinem as suas crianças o que ensinamos ás nossas: que a Terra é nossa Mãe”.
“... Disso nós sabemos a Terra não pertence ao homem; o homem é que pertence a Terra. Disto sabemos: todas as coisas estão ligadas como o sangue que une uma família. Há uma ligação em tudo.”
“... O homem não teceu a teia da Vida: ele é simplesmente um de seus fios.”
“... Onde está o arvoredo? Desapareceu. Onde está a água? Desapareceu. É o final da Vida e o inicio da sobrevivência.”
(7ª) O sentido da Vida, tema de infindáveis analises por Filósofos e Religiosos chegando a diversas conclusões.
Há quem fale em inexistência de sentido, e que: “a vida não deve ser levada tão a sério, se ela é uma aventura na qual não sairemos vivos.”
Outros concordam como que disse Jacques Monod (1910-1976–Prêmio Nobel de fisiologia/medicina): “O Homem sabe finalmente que está só na indiferente imensidão do Universo, de onde emergiu por acidente”.
Alguns desiludem-se com explicações, como o poeta espanhol Leon Felipe:
“Eu não sei muitas coisas, é verdade digo somente o que vi.
E eu vi:
Que o berço do homem é embalado com histórias...
Que os gestos de angustia dos homens são sufocados com histórias...
Que o pranto do homem é enxugado com histórias...
Que os ossos do homem são enterrados com histórias,
E que o medo do homem inventou todas as histórias.
Eu não sei muitas coisas, é verdade, porém me fizeram adormecer com todas as historias.
E sei todas as histórias.”
Existem os que apóiam a opinião de William Shakespeare (dramaturgo inglês, 1564-1616):
“O mundo inteiro é um palco, e todos os homens simples atores, com as suas saídas e entradas, com múltiplos papéis em atos que abrangem sete idades. A derradeira cena, termino da memorável história da Vida, é a Segunda Infância, aquela da falta de dentes, de visão, de paladar, rumo ao nada.”
Ou ainda:
“A Vida é um jogo monótono, em que tens a certeza de ganhar dois pontos: a dor e a morte.
Feliz a criança que expirou ao nascer, mais feliz quem não veio ao mundo”. Omar Khayyan - poeta persa (1048-1131) em Rubaiyat (significa quadras).
São visões limitadas, amargas desanimadoras, prejudiciais a nossa saúde física, conduzindo uma vida sem propósito, estéril, que se esvai no tempo.
Aos que assim acreditam, talvez seja mais Equilibrado e Salutar, por não ser tudo fácil nessa vida: deixar as ilusões de lado, adaptar-se á dura realidade, não sendo porém egoísta ou egocêntrico. Abandonar, se existente, um comportamento infantil, tornando-se adulto. Desenvolver até uma atitude de confiança em algo melhor, pois a Criação não seria contraria a si mesma, e sabemos existir em ambiente grandioso em todos os detalhes. Admitir que pouco sabemos, e que a nossa visão de um objetivo pode estar embaçada por cargas emocionais.
Para resolvê-las disseram os mestres Taoistas:
“Primeiro aceite-se tome consciência, conheça-se, e depois tente mudar e transformar-se naturalmente.O caminho é longo!”.
Outro ponto de vista, entraria no âmbito religioso: estabelecer valores Sagrados ainda neste mundo.
A famosa psiquiatra Elisabeth Kubler Ross (1926-2004) assim se expressou:
“Spiritual growth is the sole purpose of four life here on earth.” (O crescimento espiritual é o único propósito de nossa Vida aqui na Terra).
Foi ela quem descreveu os estágios pelos quais passam os doentes terminais ou aqueles que enfrentam uma perda:
• Negação, isolamento.
• Cólera.
• Negociação.
• Depressão.
• Aceitação.
Um entendimento comum nesta procura por sentido poderia ser buscar a Felicidade (Eudaimonia); não um bem estar material, porém um equilíbrio interno, embora o psicanalista Sigmund Freud (1856-1939) tenha afirmado: “A intenção de que o Ser Humano seja feliz, não está no plano da criação.”
Nesse particular recomenda o filósofo grego Epicteto (50-130 a.C): “Não te esforces para que as coisas aconteçam como desejas, mas deseja os acontecimentos como ocorrem e terás uma Vida feliz.”
Fala-se ainda em atingir a autorealização, apenas disseminar genes na próxima geração (ponto de vista biológico), ou ainda que o sentido da Vida seja dado pelo Ser Humano através suas escolhas e metas.
Pode-se também destacar duas considerações. A primeira enunciada pelo Imperador Romano Marco Aurélio (121-180) de que o sentido seria expressar-mos nossas virtudes e entrelaçarmos as mesmas com as virtudes das outras pessoas.
A segunda sermos úteis a humanidade, inspirando-nos em palavras do Filósofo e Revolucionário Thomas Paine (1737-1809):
“A minha religião é fazer o Bem, e o meu País é o Mundo.”
Todas essas analises abordadas poderiam ser completadas por duas sugestões:
(1ª) Ser objetivo na Vida.
Sêneca (4 a.C – 65 d.C) disse:
“Não temos uma vida curta, mas desperdiçamos uma boa parte dela.”
Perguntaram a um velho rabino:
- Qual foi o dia mais especial da sua vida?
E quem foi a pessoa mais importante?
O dia mais especial da minha vida é hoje – respondeu ele
- E a pessoa mais importante é aquela com quem estou falando agora
(conto judaico)
“O único tempo real é o presente. O resto são memórias e esperanças.”
(Oscar Quiroga).
(2ª) Vivenciar cada dia como se fosse o último.
“Carpe Diem” (Aproveite o dia de hoje) falava o poeta romano Horacio (65 a.C – 8 a.C)
ÁPOS O QUE FOI EXPOSTO, VOLTEMOS A INDAGAÇÃO INICIAL:
O que é a Vida, e qual o seu significado?
Reposta humilde, concisa, e honesta:
Ignoramus et ignorabimus
(somos ignorantes e continuaremos ignorantes).
Emil du Bois – Reymond – fisiologista alemão (1872).
Entretanto, existe um entendimento belo, poético, eterno, abrangente da imaginação – Intuição:
“A Vida é uma lâmpada acesa:
Vidro e fogo.
Vidro, que com um sopro se faz.
Fogo, que com um sopro se apaga.”
Padre Antonio Vieira (1608-1697).
Que o G.A.D.U, Criador do visível e invisível, a todos ilumine e guarde!
Bibliografia
(1) Biologia - Albino Fonseca - Ed. Atica -1975.
(2) Enciclopédia do Estudante – Ed. Estado de SP 2008.
(3) Enciclopédia seleções do Reader’s Digest 2008.
(4) Cem maiores mistérios do mundo – S.Spignesi 2009.
(5) Folha de São Paulo – Caderno Ciência 15/10/2010.
O Ir.´. Dilson é membro ativo do GEIA e obreiro regular da ARLS Verdadeiros Irmãos, 669.