Autor: E. Figueiredo
O que perturba sua família herdará o vento,
o insensato será servo do sábio.
Provérbios 11:29
O legado religioso trouxe
até nós, através dos séculos,
a palavra “NATAL” cingida de certo misticismo, que no decorrer dos tempos foi
sucessivamente perdendo seu significado primário e assumindo características
semi-religiosas, semi-familiares e semi pagãs.
Todos os povos da Terra falam de Jesus porque todos eles receberam as
cintilações de sua filosofia transcendente e emancipadora de almas,
apontando-lhes destinos infinitamente superiores que jamais outro corpo
doutrinário concebera.
Para
os Cristãos, o Menino Jesus (Cristo) vem ao Mundo e assume a condição
humana. Ele cresce no seio de uma
família pobre, e, também enfrenta as dificuldades, hoje tão comuns a muitas
famílias. A SAGRADA FAMÍLIA, assim
denominada, escutando a voz de Deus, é certamente uma família de
refugiados. Segundo as Escrituras, Deus
enviou o seu filho com um projeto para as famílias terrenas iluminar, através
de ensinamentos, a fim de trilhar os caminhos do Amor e da Paz na vida
familiar.
O
Menino Jesus, que foi salvo das mãos de Herodes, há dois mil anos, morre hoje
em cada criança que morre com suas famílias, vítimas da ganância, da falta de
solidariedade e de amparo. Da falta de políticas em favor dos que mais
sofrem. Não somente morrem tentando
superar as fronteiras de territórios, mas sobretudo as fronteiras desumanas do
egoísmo e do preconceito.
A Maçonaria é uma família !
É considerada a maior família universal de pessoas não ligadas por laços
sanguíneos, o maior exemplo de união entre os homens que se possa imaginar, o
berço de tudo quanto é mais sagrado, puro e singelo e o seio do amor fraterno e
belo. Com o beneplácito do Grande
Arquiteto do Universo, que é Deus, a Maçonaria também é uma SAGRADA FAMÍLIA !
Ao
ingressar na Maçonaria, o neófito inicia uma nova história que passará,
inevitavelmente por uma Família Sagrada:
A FAMÍLIA MAÇÔNICA ! O Grande
Arquiteto do Universo estará, permanentemente acompanhando suas ações, com o
mesmo projeto entregue a Jesus. Não
obstante, o Maçom deverá estar, eternamente, atento aos objetivos da Sublime
Ordem para que ninguém e nada destrua os princípios da Maçonaria .
Ao
Maçom não basta ser iniciado; somente o é um genuíno Maçom na medida em que
seja considerado como tal pelos seus pares, com base na sua atividade na
Instituição. O Maçom é um elemento,
integrado numa Loja, e tem a denominação de Obreiro, num grupo de pares onde
trabalha, isto é, contribui com o seu estudo, com seus conhecimentos, o seu
caráter, os seus progressos, suas tarefas recebidas, para todo o grupo, e, do
grupo recebe o cotributo de todos os demais.
Do
ponto de vista estritamente místico, a Maçonaria é uma entidade iniciática que
prepara o espírito dos seus iniciados para a compreensão do Absoluto. Na realidade, porém, cada iniciado deve agir
com plena consciência, na esfera de ação que lhe é apropriada consagrando sua
vida e seus esforços à concretização dos deveres que lhe são atribuídos. A liberdade de consciência é um princípio
Maçônico. Como aliança universal,
baseada na solidariedade, a Sublime Ordem convoca os homens de boa-vontade, sem
desvios de consciência, a trabalharem
pelo aperfeiçoamento intelectual e moral da Humanidade. O verdadeiro Maçom é
alguém essencialmente livre, inviolável em sua consciência. Dentro dessa consciência, o principal
objetivo é reunir pessoas comprometidas com o bem comum e com a defesa das
mudanças sociais positivas.
A
Maçonaria é uma Escola de Conhecimento num estado maior de espírito, no qual as
aspirações nobres e puras chegam a sublimar as vocações mecânicas da vida, para
envolver o ser na auréola liberta, fraternal e igualitária. O Maçom vai aprendendo e aos poucos se
inteirando do que é a Ordem e seus outros diversos objetivos. A Maçonaria é, essencialmente, uma
instituição filotrópica. É, também,
filosófica e progressiva. Tem, dentre
seus objetivos, a busca da Verdade, o estudo da Moral, a prática da
Solidariedade Fraternal e a Tolerância, que deve ser a virtude
consolidadora. Como deveres recebe
instruções para trabalhar para o aperfeiçoamento moral, intelectual e social da
Humanidade a fim de que seus componentes sejam mais felizes, menos sofredores,
graças à maior compreensão e pela prática constante da Fraternidade. É comum os familiares participarem da
benemerência e filantropia da Loja, auxiliando nos trabalhos.
Quando
se fala em Família Maçônica não está restringindo, apenas, ao ambiente da
Loja. Sua família (Esposa, filhos etc.),
está entrelaçada com o grupo de Obreiros, cujos laços são indestrutíveis. Isto é, abrange Maçons e seus
familiares. A harmonia, camaradagem,
solidariedade pregada. e desenvolvida na Loja também deve haver na vida
particular do Maçom. Se a vida familiar
de um Maçom não estiver com a estabilidade necessária, a esse tipo de
relacionamento, o elevado absentismo que vai existir no seu quotidiano será
sempre a fonte de crítica por parte de uma esposa ou família que se sentirá
colocada à margem do convívio do casal, principalmente, em detrimento o
convivência com a Família Maçônica. Seus
pares o condenarão, também ! A FAMILIA É
ALGO SAGRADO !
É
muito importante, para o Maçom, o apoio que lhe é prestado pela sua família, em
virtude da quantidade de ausências do seu ambiente familiar que vão sucedendo
ao longo dos anos para cumprir seus deveres com a Loja. Obrigações estas que, na maioria das vezes,
serão a frequência às sessões da Loja a qual pertence, às assembleias da
Potência ou Obediência, atividades que sejam promovidas pela sua Loja, como no
ambiente externo, que chamamos de profano.
Convivendo,
pois, os familiares com o grupo da Loja, concretizam os laços que unem os
Maçons entre si e que se estendem às suas respectivas famílias. Consolida-se, assim, a SAGRADA FAMÍLIA
MAÇÔNICA !
O
projeto cedido pelo Grande Arquiteto do Universo motiva a esperança ao Homem,
prometido como o da Justiça, da Verdade, da Solidariedade, do Bem, da Paz, da
Filantropia e da Harmonia. Esperança que
transforma, facilmente, em outras generalizações, que variam quase exatamente
as mesmas promessas. A Benevolência é
uma delas. Se alguns espíritos generosos
podem nele encontrar um asilo moral, o futuro mais próximo do Homem fica tão
bem assegurado ao ponto de impedir que outros sejam levados a crer que isso é
uma ilusão. Essa ilusão seria uma
filosofia facilmente permeável, que explica o que já se conhece e promete
penetrar cada vez mais no desconhecido,
e, nos permite conceber que uma certa forma de fé existe ainda bem enraizada no
espírito humano.
Portanto,
sem nos entregarmos facilmente a presságios, a Maçonaria continuará,
indefinitamente, a sua Missão de manter a FAMÍLIA MAÇÔNICA com seus princípios,
conceitos e objetivos.
IP.IP.EIEI
Fontes
consultadas:
Albuquerque, A. Tenório Cavalcante d´- O que é Maçonaria
Casals, Pedro Henrique Lopes – Mistérios da Maçonaria
Castellani, José – Consultório Maçônico
Marques, Américo Correa – Roteiro Maçônico
Schuler Sobrinho, Octacílio – Maçonaria – Uma Escola do Conhecimento
Tourret, Fernand – Chaves da
Maçonaria
(*) E. Figueiredo – é jornalista – Mtb
34 947 e pertence ao
CERAT – Clube Epistolar Real Arco do
Templo/
Integra
o GEIA – Grupo de Estudos
Iniciáticos Athenas/
Membro
do GEMVI – Grupo de Estudos
Maçônicos Verdadeiros Irmãos/
Integrante
do Grupo Maçonaria Unida/
Obreiro
da ARLS Verdadeiros Irmãos – 669 –
(GLESP)
Não há limite para a
cultura Maçônica !
O
CONHECIMENTO MAÇÔNICO SÓ TEM VALOR
QUANDO
COMPARTILHADO ENTRE OS IRMÃOS !