O TEMPLO MAÇÔNICO

O TEMPLO MAÇÔNICO

KABBALAH E O RITUAL MAÇÔNICO




Dia 18 de setembro de 2019 é uma data que ficará marcada na história da nossa Loja.
Neste dia se reuniram em uma Sessão Magna conjunta de Conferência a ARLS Verdadeiros Irmãos, 669 e a ARLS XXVII de Setembro, 773 para assistir a uma palestra sobre kabbalah e o Ritual Maçônico. A palestra foi conduzida pelo Ir.´. Marcelo Del Debbio, profundo conhecedor da matéria.
Não podemos deixar de agradecer aos Veneráveis Mestres João Carlos Castilho e Claudio Cezar Ponciano a excelente iniciativa.
Abrilhantando ainda mais a noite, contamos com a presença do Delegado Distrital Resp.´. Ir.´. David Pereira da Silva representando o nosso Sereníssimo Grão Mestre.
Ao término da palestra com uma quantidade expressiva de irmãos presentes pois além das duas Lojas tivemos a honra de receber quatorze irmãos visitantes que também nos honraram com as suas presenças, foi servido um delicioso lanche a todos os presentes.



FIDELIDADE




“Acredite na sua fidelidade:                                                                             Autor E. Figueiredo
fará com que seja fiel !”




              Sêneca (4 a. C. – 65 d. C.)
Os dicionários registram que a palavra “fidelidade” é o atributo ou a qualidade de quem ou de que é fiel para significar quem ou o que conserva, mantém ou preserva suas características originais, ou quem ou o que mantém-se fiel à referência.  A fidelidade implica confiança e vice-versa, e essa relação de implicação mútua aplica-se quer entre duas pessoas ou mais, quer entre determinado sujeito e objeto sob sua consideração, que, a seu turno, igualmente pode ser abstrato ou concreto. 

A palavra “verdade”, na Bíblia, onde é muito citada, tem o sentido de “fidelidade”.  Isto é, os adeptos são verdadeiros ou falsos à medida que são fiéis ou infiéis.  A Bíblia está ensinando que somente o espírito da verdade pode conduzir à plena verdade. Por exemplo:  Em Provérbios 28;20 é citado que “um coração fiel é essencial para que recebamos recompensas divinas; a verdade faz com que o Senhor cumule bênçãos sobre nós”. A verdade, aí, tem sentido de fidelidade.

Simbolicamente, fidelidade é representada com a figura de âncora.  A âncora remete à estabilidade com o nosso ser entre as relações que estabelecemos.  Mesmo em meio as tempestades ela é capaz e fornecer segurança, seja para os barcos ou passageiros.

Fidelidade, na Maçonaria, tem um alto significado !  Ao ser Iniciado, o neófito assume um compromisso voluntário e moral quando dos juramentos (sem sofisma, equívoco ou reserva mental) de praticar a fidelidade em sua essência.  Essa fidelidade se alicerça na sua liberdade de expressão e ação, sem se desvirtuar à ideia de limite. A fidelidade está na convivência com seus semelhantes.

Há uma distinção entre a fidelidade no mundo profano (como nos referimos ao ambiente fora da Maçonaria) e a fidelidade com calor, na Sublime Ordem,.que está calcada na voluntariedade. A dignidade humana e a hombridade na postura, qualidades inatas no legítimo Maçom, estão aliadas e caminham junto à fidelidade.

O Espírito de Fidelidade é o Espírito da Verdade.  O espírito que permite-nos recordar as passagens durante a Iniciação quando ficaram configurados, através dos juramentos, o cumprimento dos preceitos da Ordem.  E se o espírito nos anima, a questão é como estamos sendo fiel à instituição que nos indica o caminho da Liberdade, Igualdade e Fraternidade, cultivando a virtude de ser fiel ao verdadeiro Espírito da Maçonaria Universal.  Ser fiel é uma virtude Maçônica revestida de atitude !

Ao seguir uma via espiritual, ou quando se é admitido numa Ordem no modo esotérico-iniciática, como é a definição da Maçonaria, é costumeiro o novo membro efetuar um juramento no ato da sua admissão, no qual está implícito um determinado compromisso.  O neófito é recebido e integrado na Ordem somente depois de efetuado esse juramento.

É a mais abominável forma de egoísmo a que leva o Obreiro a negligenciar o aproveitamento do tempo, o cuidado com a comunidade, achando-se diretamente sob as vistas da entidade.  Esse Obreiro, talvez, imagine que suas negligências não sejam observadas e registradas.  Se estiver atento veria que a Loja o contempla e todo o seu descuido é registrado.

Por essa razão, espera-se que o Maçom reitere seu juramento com sua frequência nas sessões de sua Loja, dedicando-se de corpo e alma à prática da moral, da igualdade, da solidariedade humana, da justiça e, principalmente, da fidelidade em toda a sua plenitude.

O Maçom é taxado como sendo livre e de bons costumes e sensível ao bem e que, os ensinamentos recebidos em Loja lhe propicia o engrandecimento como ser humano atuante e culto, combatendo a ignorância.  A ignorância é o vício que mais aproxima o Homem do irracional.

Dessa forma, através da fidelidade à Sublime Ordem, o Maçom deve conduzir-se com absoluta isenção e a máxima da honestidade de propósitos, coerentes com os princípios Maçônicos, para ser um Obreiro útil a serviço da Maçonaria e da Humanidade.

O Maçom tem de acreditar na sua missão sabendo que há uma diferença entre o seu comportamento, como Maçom e aquele que não é iniciado.  Essa diferença nasce de pertencer à uma instituição que traz em sua bandeira a fraternidade aliada à fidelidade, onde há a busca constante de aprimoramento em suas atitudes, ações e palavras, cultivando em seu íntimo o papel de trabalhar  para tornar feliz a Humanidade.



Obras consultadas

   Bayard, Jean-Pierre  - A Franco-Maçonaria
      Gómez, Javier Abad - Fidelidade
         Houaiss, Antônio  -Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa
            Ludy, Eric & Ludy – Sua Perfeita Fidelidade
               Sabatino, Luiz  - Fidelização  - A Ferramenta de Marketing

   Bíblia Sagrada
      Ritual de Aprendiz  - GLESP