O TEMPLO MAÇÔNICO

O TEMPLO MAÇÔNICO

SESSÃO MAGNA DE INICIAÇÃO

A ARLS Verdadeiros Irmãos, 669 dando cumprimento aos seus objetivos continua ampliando o seu número de obreiros.
Desta forma no dia 19 de fevereiro realizou uma belíssima Sessão Magna de Iniciação com a presença de várias autoridades maçônicas e de um grande número de convidados.


Foram iniciados dois novos irmãos que sem dúvida virão somar esforços no cumprimento das nossas metas.
Após a cerimônia os irmãos reuniram-se no refeitório onde foram servidas pizzas de várias qualidades.

FÍSICA





(Final)

                            Autor:  Dílson C. A. de Azevedo





“Eu quase que nada, não sei. Mas desconfio de muita coisa”

João Guimarães Rosa (1908-1967; médico e escritor brasileiro).



              



               Após esta longa exposição pode-se perguntar:

               Para que aos Maçons seria útil a Física?

               É lugar comum dizer que o importante é não sermos ateus ou libertinos, e trabalharmos pelo progresso social pois o G.A.D.U. opera na Terra através dos homens.

               Sendo porém os Maçons Investigadores da Verdade, acredito seja benéfico aos Irmãos terem atualizações cientificas, compreenderem as bases da Tecnologia Moderna, possuírem um entendimento maior dos fenômenos físicos que ocorrem na vida comum ou que acontecem às claras e sem alardes nas Reuniões Maçônicas.

               O Estudo da Física honra e dá utilidade à nossa centelha intelectual e capacidade de armazenamento da mente que possuímos (10 a 100 terabytes) nos 86 bilhões de neurônios (células nervosas) que existem no cérebro humano, e que processam informações (400 bilhões de bits de informações por segundo, sendo que apenas 2000 bits são aproveitados).

               Esta Ciência também ajuda a desenvolver uma mente perspicaz, e perceber o planejamento funcional em tudo o que existe.

               E igualmente útil para enxergar facilmente as informações filosófico-científicas inverídicas que alguns indivíduos vão colocando, por interesses diversos, na mente das pessoas.

               Os que assim procedem, o fazem em certos casos, pela interpretação equivocada de algumas fontes, muitas delas apresentando textos mal traduzidos, mal inspirados, ou adulterados com segundas intenções.

               Entretanto, enfrentar tais indivíduos não é conduta “salutar”.

               Cite-se como exemplo, na Antiguidade, o fim trágico do “herético impenitente, pertinaz, obstinado” pensador italiano Filippo (Giordano) Bruno (1543-1600). Ele foi piedosamente queimado vivo, nu, com a língua presa por uma madeira, para que não falasse aos que assistiam à execução. O seu crime foi discordar publicamente da Cosmologia da Época.

               A propósito convém dizer que nos dias atuais existem grupos que impedem certos conhecimentos sejam publicados. Usam contra os divulgadores a desmoralização pública, a exclusão social, ou apreensão e queima dos trabalhos científicos, como aconteceu nos Estados Unidos com Nikola Tesla (1943) e Wilhelm Reich (1956).

               Lembremos agora que houve época, na qual uma simples descarga elétrica no céu era considerada como manifestação da Ira Divina e com isto atemorizavam-se as pessoas.

               Existiu até quem fosse processado na França por instalar um simples pára-raios visando proteger-se, sendo alegado que tal fato iria interferir em Desígnios Superiores.

               Recordemos também que: “Conhecimento é Poder (Francis Bacon, 1565-1626; político e filósofo inglês).

               Um exemplo disto aconteceu em 29/2/1504 quando Cristovão Colombo (1451-1506; navegador genovês) após consultar documentos de previsão de eclipses (palavra grega que significa falha em aparecer) ameaçou índios de um ilha na Jamaica. Disse que o seu Deus ficaria zangado e escureceria a Lua, seguindo-se depois de fome e doenças, caso os navios da sua frota não recebessem suprimentos. Os índios, ao verem o fenômeno ficaram apavorados, e fizeram o que lhes havia sido pedido.

               Alguns outros aspectos em relação à Física podem agora ser considerados.

               Através da Física, tivemos melhor noção dos limites de alcance dos nossos sentidos e percepção da natureza, onde muitos fenômenos acontecem e não temos consciência deles como por exemplo o  giro do nosso planeta a uma velocidade de quase 1500k m por hora, e o seu movimento ao redor do sol: 107.000 km/hora..

               Muitas realidades vieram a existir para nós, graças a instrumentos que a Física desenvolveu. Sabe-se hoje, empregando-se telescópios, que existem cerca de 100 bilhões de galáxias, cada uma delas com bilhões de estrelas, fato antes ignorado.

               O estudo da Física também nos mostrou que a natureza está sob controle, obedecendo a Leis (relações regulares entre fenômenos) que são as mesmas em todo o Universo, e não são dependentes do acaso.

               Sem o conhecimento científico obtido por esta Ciência, não teríamos noção da beleza e complexidade que estão presentes no Cosmos e que nos levam a um estado de humildade, reverência e assombro perante o que existe.

               A Física investigou o Big Bang ou Grande Explosão, teoria acerca do desenvolvimento inicial do Universo, ocorrido há 13,7 bilhões de anos, (começo do espaço e tempo), e evidenciado pela radiação cósmica de fundo. Descobriu ela que tudo originou-se da expansão de um único ponto milimétrico, surgindo depois nosso planeta há 4,6 bilhões de anos.

               Não cabe assim disputas por hegemonias, manifestações de arrogância, intolerâncias e guerras religiosas entre os seres humanos, pois suas estruturas energéticas estiveram unidas na origem e como expressivamente falou Albert Einstein: “Todas as Religiões, Artes e Ciências são ramos da mesma árvore. Tais energias foram separadas para elas vivenciassem experiências sensoriais transitórias na tridimensionalidade. Tudo isto acontecendo em um Universo mutável, com aspectos de criação e destruição, porém sem mudanças em seu conjunto, e cuja energia é eterna.

               Também vale ressaltar que o progresso da sociedade, o bem estar que desfrutamos, a possibilidade de resolução dos nossos problemas, sempre ocorreu pelos conhecimentos que esta Ciência descobriu e pôs em prática.

               Há necessidade porém, que eles sejam complementados pelos valores éticos e espirituais, continuamente ensinados à Humanidade e que, se aplicados integralmente nos levaria ao “melhor dos mundos possíveis”.

               Como falou o Almirante Alvaro Alberto de Motta e Silva (1889-1976) implementador do Programa Nuclear Brasileiro:

               “Qualquer que seja o rumo trilhado pela Ciência, é indispensável que ela contribua para religar a razão ao sentimento, tendendo a substituir por completo o ceticismo [...] pelo robustecimento da fé na dignidade e beleza da nossa existência, na proficuidade dos nossos esforços, na santidade do altruísmo humano, na existência do Bem sobre a Terra, na preponderância do Bem sobre o Mal.