O TEMPLO MAÇÔNICO

O TEMPLO MAÇÔNICO

A ÚLTIMA EXPERIÊNCIA.



(1ª Parte)

 Autor: Dilson C. A. de Azevedo


“Carpe diem nec minimum crédula postero.”
(Aproveite o dia (de hoje) confie o mínimo no amanhã).

Quinto Horácio Flaco (65 aC – 8 aC) poeta lírico e satírico Romano.




“Lá-bas, je ne sais oú.”
Partir!
Nunca voltarei,
Nunca voltarei porque nunca se volta
O lugar a que se volta é sempre outro;
A gare a que se volta é outra.
Já não está a mesma gente,
Nem a mesma luz, nem a mesma filosofia.
Partir!
Meu Deus, partir!
Tenho medo de partir...
Alvaro de Campos.
Heterônimo de Fernando Pessoa 
(1888 – 1935), poeta português.


E, de súbito o que desde o nascimento era inexorável, acontece, e torna-se irreversível...
Nenhuma interação física é mais possível; nunca mais...
“Acta est fabula!”
(a peça está representada; anúncio feito pelos Romanos, ao fim dos espetáculos públicos).
Termina assim a participação individual no Teatro do Mundo, permanecendo apenas nele os méritos ou deméritos pessoais na memória dos vivos.
Inicia-se a seguir a desagregação das funções fisiológicas no corpo humano em velocidade variável, seguindo-se a liquefação dos 50 ou 100 trilhões de células pelas suas próprias enzimas (proteínas que catalisam reações químicas).
Adiciona-se a isto, a ação das microscópicas bactérias da pele e dos outros tecidos, em número total superior a 10 bilhões, e que duplicam-se aproximadamente de 20 em 20 minutos.
Os átomos do corpo em decomposição, serão incorporados depois em outros organismos vivos, que desaparecerão um dia, repetindo-se continuamente este ciclo de idas e vindas, como acontece em um caleidoscópio que ao ser girado e com os mesmos fragmentos móveis de vidro colorido cria figuras diferentes.
A partir de quatro semanas do término das manifestações vitais, tornam-se visíveis os 206 ossos (no adulto) que eram envolvidos pelas partes moles (pele, músculos) concluindo-se o desaparecimento das diferentes características da antiga forma externa corporal: beleza, feiúra, simetria, assimetria, etc.
Percebe-se então a uniformidade óssea, entre os que foram vivos.
Os poderes Angelicais, os arrogantes e pretensamente onipotentes Cientistas, que afirmam criar a Vida em Laboratório, e na realidade apenas manipulam o que já foi criado antes, através de leis imutáveis não estabelecidas por eles, são incapazes em reverter os processos referidos anteriormente. Apenas o Poder Criador, consegue reinstalar as condições vitais de início.

O planeta Terra formou-se há 4,6 bilhões de anos e as primeiras evidências de vida datam de 3,5 bilhões de anos.
Estimativas do Population Reference Bureau indicam que, desde o aparecimento do Homo sapiens, 108 bilhões de pessoas já existiram no Mundo.
Nosso planeta em 2013 possuía 7,1 bilhões de habitantes, sendo o tempo médios de vida no Brasil 70 anos, pela melhora das condições de saneamento e alimentação.
Todos estes Seres Humanos irão passar um dia por esta democrática (igual para todos) e triste experiência pessoal, acompanhada de medo e angústia, na qual ninguém pode assumir o morrer de outrém mas apenas morrer pelo outro (elevado nível de altruísmo).
Em um dia perecem 150 mil indivíduos (aproximadamente uma pessoa por minuto).
Aumentam esses números por causas naturais (terremotos, inundações, etc), doenças epidêmicas, conflitos bélicos (p. ex na Segunda Guerra Mundial 45 ou 60 milhões de mortos). Inclui-se nesta última citação matanças entre diferentes grupos religiosos que desconsideram a existência de um único Poder Supremo que a todos respeita, permitindo assim uma Paz Social.
O Homem, “Glória e Escória do Universo” segundo Blaise Pascal (1623 – 1662, físico e matemático Francês), é assim pela Biologia, circunstâncias da natureza e erros pessoais um ser para a morte (M. Heidegger, filósofo alemão, 1889 – 1976).
Conta-se que uma mulher desesperada levou seu primogênito ao Buda (significa desperto) solicitando-lhe que o ressuscitasse. Ele pediu-lhe que trouxesse uma semente de mostarda, de uma casa onde nunca houvesse ocorrido um falecimento. Ela não conseguiu realizar isto e voltou ao Buda, que lhe ensinou que todas as coisas mudam e são impermanentes. Nesse aspecto convém lembrar o que disse Sigmund Freud (1856-1935, médico criador da psicanálise):
“A transitoriedade do que é belo não envolve nenhuma perda do seu valor. Ao contrário, envolve um aumento!
O valor da transitoriedade é o valor da escassez no tempo.
A limitação da possibilidade de um gozo eleva o valor do gozo.


              

A KABBALAH

Autor: Ir.´. Paulo Antonio Muller Junior





Um pouco do começo da Kabbalah



É difícil encontrarmos na história alguma coisa mais reservada, escondida e oculta do que a Kabbalah. Para estuda-la, até bem recentemente, era preciso atender aos seguintes requisitos:


  •    Ser Homem,

  •    Judeu,

  •    Casado,

  •    Com mais de 40 anos

  •    Profundo conhecedor do Judaísmo



Hoje, porém, isso mudou. Graças a iniciativas como as do Rabbi Yehuda Ashlag, de Vilna Gaon, Michael Laitman, Rav Berg, entre outros, a Kabbalah começa a assumir a posição que foi prevista pelos antigos kabalistas, que disseram que a virada do ano 2000 marcaria uma mudança fundamental no estudo da Kabbalah. Agora o estudo é aberto a todos.



O banimento, a ocultação, da Kabbalah se deu pela mesma razão que agora ela é revelada: Nós, a humanidade, no século 21, está pronta para seus ensinamentos. A humanidade está pronta para receber a Kabbalah como ela realmente é, uma ciência empírica através da qual alcançamos a espiritualidade ao mesmo tempo em que vivemos neste mundo.



Estudar Kabbalah é um caminho fascinante. Ela muda as perspectivas com as quais vemos o mundo e as pessoas à nossa volta, despertando partes de nós mesmos que sequer sabíamos existir. É um caminho de descobertas interiores que nos afeta em todos os níveis da vida, nossos relacionamentos com a família, com os amigos, com os colegas de trabalho, enfim, com todos que estão à nossa volta, dando-nos a real capacidade de sermos os criadores nossa própria realidade.



A Kabbalah coloca de uma forma simples e direta, que ao conseguirmos nos conectar com a LUZ do Criador, sem qualquer tipo de intermediário, encontramos um bussola interna, uma luz guia que nos indicará o caminho e brilhará sempre, não importa onde estivermos. Essa é a meta da Kabbalah – Ajudar-nos a construir, e manter, um contato direto com a LUZ do Criador, e quando conseguimos não precisamos mais de quaisquer outros guias.



Hoje temos uma enorme conversa sobre Kabbalah, se procurarmos na AMAZON pela palavra Kabbalah aparecerão mais de 6000 títulos. Quase nenhum deles foi escrito antes de 1980, mais alguns poucos antes de 1990 e só mais alguns até a virada do século. A absoluta maioria foi escrita depois do ano 2000.



Isso se dá por que historicamente a Kabbalah estava fechada e restrita à um pequeno grupo de estudantes selecionados. Hoje não mais. Como nunca antes a Kabbalah se tornou bacana, “da moda”, legal, etc. E aqueles kabalistas que tinham medo de divulgar seus segredos, se tornaram os principais responsáveis por esta mudança.



Durante vários séculos, a Kabbalah foi mantida em segredo, longe dos olhos do publico em geral por kabalistas que selecionavam de forma criteriosa e meticulosa seus estudantes e ensinavam-lhes em pequenos grupos ou mesmo individualmente. Um exemplo era o grupo Ramchal, como eram chamados os estudantes do Rabbi Moshe Chaim Luzzato, que ensinava em meados do século XVIII. Eles exigiam que antes da entrada de um novo membro, o neófito, aceitasse de um estilo de vida e de estudos bastante rígidos.



Mesmo assim vários destes kabalistas fizeram esforços tremendos para escrever e guardar os livros que se mantêm até hoje como os pilares da Kabbalah. O Rabbi Isaac Luria, o Ari, por exemplo, embora tivesse alguns alunos, em seu leito de morte pediu a todos que parassem de estudar, exceto um: Rabbi Chaim Vital. Ele lhes disse que apenas Vital havia compreendido a real natureza dos ensinamentos e que ele, o Ari, tinha medo de que sem o mestre adequado, os demais se perderiam. Mais tarde, Rabbi Chaim Vital, foi um dos principais incentivadores do estudo do Livro do Zohar (O Livro do Esplendor), ou somente, o Zohar, por todo aquele que desejasse.



Para entendermos ainda mais o esconde-esconde da Kabbalah, foi somente em meados do século XVI que Rabbi Issac Luria, o Ari, foi para Zefat, a capital da Kabbalah da época. Ele pedia a Rabbi Chaim Vital, seu discípulo, que não convidasse mais ninguém para os estudos, no que era completamente ignorado pelo discípulo. Enquanto ensinava a este grupo, o Ari, produziu alguns dos mais importantes textos da Kabbalah e da lei judaica, que se mantém atuais até os dias de hoje. De fato a Kabbalah Lurianica, fundada e fundamentada por ele, compõem a maioria da Kabbalah que conhecemos hoje.



Não foi até a ultima década do século 20 que a Kabbalah começou a aparecer no mundo e cair no conhecimento do publico em geral. A figura mais importante neste processo de disseminação da Kabbalah foi sem dúvida Rabbi Yehuda Ashlag, que foi, não só o primeiro kabalista a falar em prol da disseminação da Kabbalah, como quem efetivamente começou o processo. Em 5 de junho de 1940, em sua publicação, ha-Uma (A Nação) ele tentou convencer David Ben-Gurion e outros lideres do assentamento judaico da Palestina, hoje Israel, a incorporar princípios kabalisticos no sistema educacional. Rabbi Ashlag também defendia àquela época que em futuro próximo pessoas de todas as religiões estudariam Kabbalah enquanto mantinham suas religiões de origem sem isso conflitasse de forma alguma. Essa declaração e o inicio do processo de disseminação da Kabbalah era tão não ortodoxo que causou o fechamento do A Nação, com o argumento de que Ashlag estava defendendo o comunismo. Ashlag foi o fundador de um dos maiores centros de estudo da Kabbalah do mundo que é o Kabbalah Centre, hoje pilotado pela esposa e descendentes de Rav Berg que faleceu em 2013.



Hoje, a barreira de ferro que continha Ashlag foi realmente derrubada. Não por que celebridades famosas como Madonna, Britney Spears, Liz Taylor, Barbra Streisand entre outros, se interessaram pela Kabbalah, mas porque a Kabbalah parece tocar a alma de pessoas com as mais diversas formações, independente de suas religiões.



Uma das perguntas mais frequentes hoje em dia é: Por que Kabbalah e por que agora ??



Para os kabalistas a resposta para esta pergunta é muito simples: Kabbalah tem um único proposito, oferecer uma abordagem que ajuda as pessoas a responder a seguinte questão: “Qual é o significado da vida ??”



Agora, mais do que em qualquer outra época, as pessoas estão se perguntando qual o sentido, o significado e o proposito de suas vidas. Em alguns casos, com as questões materiais da vida resolvidas, as pessoas ainda sentem um vazio em suas vidas. Kabbalah é a disciplina que desperta, provoca insights e novas perspectivas na vida que provem o preenchimento espiritual que tanto ansiamos. Esta é a chave de sua popularidade.



Segundo Rabbi Yehuda Ashlag no seu livro o Estudo das 10 Sefirot, um comentário extensivo sobre os escritos do grande Ari, o individuo estará pronto para a Kabbalah se algumas vezes ele:



v Questionar o sentido da vida.

v Se perguntar por que você e toda a vida existem.

v Questionar por que a vida, as vezes, é tão difícil.

v Especular sobre porque as dificuldades começam



No ciclo perfeito da vida, cada parte tem a sua função. Nenhuma parte da criação é livre para fazer o que quiser para o seu bem estar porque o bem estar de cada parte depende do bem estar de todas as outras partes da criação. Essa interdependência garante que nenhuma criatura sobrepujara outra causando a sua destruição, pois esta destruição implicaria na destruição dela mesma.



Os seres humanos, abençoados com sua consciência, não são exceção a esta regra. Porém vários indivíduos – senão a grande maioria – não entendem esta ideia e, de uma forma ou de outra, agem  de forma que ferem outras e a si mesmo também. Por que isso acontece ?? Alguns dizem que é parte do caminho que temos que trilhar para aprender o que não funciona para trazer felicidade para todos. Muitos pensam que ganhando controle sobre os demais, sobre o meio ambiente, podemos manipular e moldar o mundo ao nosso bel prazer. Porém quando isso se reflete nos resultados, o que se vê é sofrimento no mundo e em nós mesmos. Você e eu simplesmente não podemos fazer mal aos demais, ou ao meio ambiente que nos envolve, sem que isso volte para nós mesmos, de uma forma ou de outra. Esse é um dos insights da Kabbalah.



Qualquer passada de olhos nos jornais ou nos noticiários atuais, veremos que as forças de destruição não são somente as forças naturais. Em muitos dos países em desenvolvimento, a medida de melhora é uma caçada pelo prazer individual, que foca em questões como “Como eu consigo mais dinheiro e coisas??” ou “Como eu consigo um sexo melhor??” ou ainda “Como eu consigo mais poder??”. Se dermos um passo atrás e tentarmos ver o quadro inteiro, veremos que tentar manipular os demais, destruir aquilo ou aqueles que estão em nosso caminho, nos levará a ganhar felicidade e contentamento. Isso já se provou completamente ineficaz e não funciona e sempre acabamos nos sentido compelidos a perguntas mais profundas e complexas sobre o sentido de nossas vidas.



Mais do que isso, nada é criado sem um proposito, nem mesmo o senso destrutivo da humanidade. O seu objetivo não é só nos empurrar em direção ao questionamento do sentido da nossa vida, embora este seja certamente o primeiro passo. Mas seu objetivo principal é nos mostrar que o sentimento de recebermos exclusivamente para nossa própria satisfação é a principal razão de nossa atual degradação. A intensão correta, aquela que eventualmente nos dará prazer constante e sustentável, é surpreendentemente aquela intensão de fazer o bem aos demais. Em outras palavras, nosso próprio egoísmo, para usarmos os termos da Kabbalah, nosso oponente. Na Kabbalah o egoísmo é chamado de Faraó, mas o Faraó não é aquela pessoa má que frequenta as histórias bíblicas com as quais crescemos. Kabbalah explica que Faraó é, na verdade, nosso oponente, nosso “outro lado” e daí vem o sucesso como estudantes de Kabbalah. O quanto mais rápido entendermos que nosso EGO interno, e não forças externas, é a única coisa que se interpõe entre nós e nossa plenitude absoluta, mais rápido será nossa evolução. Porém é importante dizer que EGO, neste caso, não é o ego relacionado à psicologia, o oposto do ID. Neste caso EGO é tudo aquilo que nos afasta da LUZ do criador e de nossa plenitude.



Nesta época, onde nossas tendências destrutivas vem criando infelicidade e distanciamento entre as pessoas e ameaçando o meio ambiente, não devemos nos surpreender com as pessoas perguntando mais sobre o sentido da vida e sobre questões que a Kabbalah pode nos ajudar a responder ou, pelo menos, explorar de forma mais profunda. Cada vez mais pessoas estão descobrindo que mais riqueza, mais sexo e mais poder não vai faze-las mais felizes e completas. Muita já chegaram ao ponto de parar de perguntar as questões que começam com “Como consigo...” e estão se perguntando “Para que...” e qualquer doutrina, filosofia, estilo de vida, etc que nos ajude a responder as questões do “Para que...” têm grandes chances de se tornarem populares e úteis.



Porém é importante separarmos o joio do trigo. Neste tempo em que tudo vai com tudo, ciência com religião, sertanejo com musica clássica, a Kabbalah está relacionada com mais doutrinas do que coberturas de pizza. Existe uma razão para esta repentina popularidade desta doutrina milenar, a Kabbalah sempre esteve relacionada com a interpretação dos insights mais profundos das forças da natureza, dos mundos espirituais e da natureza de Deus. Como resultado, as pessoas sempre procuraram se conectar com os termos e ensinamentos kabalisticos das mais diversas formas, como yoga, chackras, encantamentos de boa sorte, meditações de todos os tipos, tarot, cristais, numerologia, astrologia, magia e anjos da guarda. O problema com estes tipos de conexão é que banalizam a Kabbalah e minimiza sua capacidade de ajudar a humanidade a entender a nossa real natureza física e espiritual. Este é o ponto central do atual interesse nos ensinamentos da Kabbalah e a razão pela qual ela foi desenvolvida incialmente. Algumas dessas associações e misturas podem adicionar um certo sabor a nossas vidas, outras chegam a ser bizarras e beiram o absurdo.



Não querendo me colocar como especialista neste assunto, algumas das associações mais comuns que encontramos são:



Kabbalah e cartas – Existem muitos tipos de cartas que são usados para os mais diferentes propósitos. Por conta da Kabbalah foi ensinada, durante muito tempo como tendo poderes místicos e mágicos, é de se esperar que haja uma certa associação neste sentido como forma de melhorar seus métodos de entendimento do desconhecido. Muitos dos seguidores do ocultismo, por exemplo, acham que as cartas do Tarot tiveram sua origem na Kabbalah, embora não haja nenhuma comprovação histórica deste fato. Um ocultista francês chamado Eliphas Levi, defendeu a ligação entre o Tarot e a Kabbalah, esta ligação se tornou-se o principal modelo de desenvolvimento e interpretação do Tarot. Na verdade, as cartas de Tarot mais difundidas no século vinte estão fundamentadas em pricipio da Kabbalah. Um dos símbolos mais conhecidos da Kabbalah é a Árvore da Vida, um diagrama com 10 atributos, sendo 9 pertencentes ao mundo espiritual e 1 pertencente ao mundo físico, onde vivemos. A Árvore da vida consiste em 10 esferas, ou Sefirots, conectadas por 22 linhas que são chamadas de caminhos. O número de Sefirots (10) e o número de caminhos (22) correspondem, respectivamente aos Arcanos Menores e Maiores, que compõe a estrutura do Tarot.



Astrologia e Kabbalah – Outra combinação comum é entre Kabbalah e Astrologia. Horóscopos inspirados pela Kabbalah existem desde antes do antigo Egito. Desde a idade média a terminologia kabbalistica tem sido associada à astrologia. Astrólogos associaram os nomes da Sefirots aos nomes dos planetas e começaram a associar aos planetas os poderes que a Kabbalah apresenta. De forma a ajudar a reconhecer quais circunstancias se apresentarão em nossas vidas, astrólogos inspirados pela Kabbalah, atribuíram aos planetas no sistema solar funções e impactos específicos aos nossos corpos físicos e psicológicos. De acordo com O Livro da Criação (Sefer Yetzira), um dos livros originais da Kabbalah, eles encontraram relacionamentos entre astrologia e Kabbalah pelo mapeamento do diagrama das 10 Sefirot da Árvora da Vida e o diagrama dos planetas, ligando assim as duas doutrinas.



Meditação e Kabbalah – A meditação é considerada, por muitos, como parte do trabalho espiritual e as práticas de um kabalista. Mas nem todos os kbbalistas praticavam meditação e mesmo aqueles que a praticavam, não o faziam da forma e com o sentido que entendemos hoje. A meditação atual está associada aos ensinamentos orientais, algo que os kabalistas de antigamente não tinham conhecimento. Geralmente as meditações orientais estão relacionadas a relaxamento e conexão com níveis superiores de existência, “removendo” o EGO. Na Kabbalah, o EGO, não é removível, mas elevado a um nível superior de entendimento e prática. Ele é o que nos conecta com o divino, em ultima instancia, sem o seu cancelamento, o que, na Kabbalah é chamado de Yihudim (unificação).



Numerologia e Kabbalah – O termo numerologia não existe na autentica Kabbalah; estudiosos contemporâneos juntaram os dois. Embora numerologia não seja a terminologia adequada para descrever a forma como a Kabbalah trata os números, não há melhor termo para traduzir o termo hebraico Gimatria. Gimatria, em termos simples, descreve a experiência kabalistica do Divino. Na Kabbalah, o EGO permite a Yihudim (unificação) com o Criador. A forma das letras hebraicas demonstra esta unificação através de pontos e linhas sobre um fundo branco. Os pontos e as linhas simbolizam os estados que o kabalista, que percebe o Criador. O fundo branco representa a LUZ Divina, o Criador. No hebraico, a cada uma das 22 letras está associado um valor numérico. A correlação entre letras e números criou uma forma dos kabalistas, comunicarem entre si, de forma concisa e precisa, aquilo que experimentavam. Por exemplo, a palavra Nega (aflição) e a palavra Oneg (prazer) tem exatamente as mesmas letras (em uma ordem diferente) e portanto o mesmo valor numérico. A inversão na ordem das letras indica que quando a aflição está correta, a aflição por compartilhar, o individuo experimenta uma sensação de prazer. Mantenhamos em mente que esta é a forma pela qual a Kabbalah nos ajuda a chegar a entendimentos mais profundos da natureza humana e estimula nossos pensamentos sobre os mistérios da vida e do espirito.



Magia e Kabbalah – Desde os tempos antigos, as pessoas acham que os kabalistas são capazes de executar atos sobrenaturais. Eles achavam que os cabalistas podiam mudar as leis da natureza conforme a sua vontade. Por conta disso, a Kabbalah está associada, por alguns, a habilidade de executar encantamentos, bênçãos ou maldições. Uma interpretação mágica da Kabbalah está associada ao misticismo judaico que é capaz de dar poderes sobrenaturais a uma pessoa. De acordo com esta interpretação, se a magia natural está ligada às ciências naturais, como agricultura e astronomia, a magia sobrenatural depende de um conhecimento de um ciência superior – A Kabbalah.

                   

A despeito de tudo isso, a Kabbalah está por aqui a MUITO tempo e somente agora está assumindo sua posição na consciência da população em geral. Aqueles que abraçaram-na como a última tendência da moda, vão mudar para a próxima tendência em breve. Mas aqueles que cavarem um pouco mais, que pesquisarem mais a fundo seus princípios, que estão envoltos em centenas, milhares de anos, vão encontrar ali conteúdo e significa que valem uma vida inteira.



A Kabbalah não é sobre como nos livramos de nosso EGO e sim, como o elevamos e transformamos em algo novo, algo útil e em um novo patamar. Se nosso EGO cresce e não se transforma em algo útil para todos, nós crescemos mais egoístas. Crescendo mais egoístas, precisaremos de novos prazeres para nos satisfazermos. Os prazeres que a sociedade atual é capaz de prover não são novos, nem mais diversos, mas são muito mais intensos do que nunca. Os computadores são mais rápidos, os carros mais luxuosos, os parceiros sexuais são mais fáceis de se encontrar e de se deixar, a comida é versátil e fácil de se preparar. Mas o quanto mais tivermos, o mais descobriremos que todas estas coisas e experiências não nos ajudam a nos sentir mais completos e plenos. O seu único beneficio está no fato de, eventualmente, nos levar a nos questionar e a procurar respostas mais concretas sobre as perguntas realmente importantes e sobre qual o real significado da vida.



Para os kabalistas existem respostas para o significado da vida. Kabbalah nos dá um tipo de meta-sistema que nos ajuda a controlar nosso próprio crescimento de forma positiva, mesmo antes de que nos percebamos dele. A razão pela qual a Kabbalah vem se expandindo tão rapidamente em nosso tempo é por que mais pessoas estão se perguntando qual o proposito da vida e descobrindo o valor que a Kabbalah pode trazer para este tipo de questão.



Em resumo:



    Kabbalah é um método que responde a pergunta mais profunda de todas: “Qual o sentido da vida?”

 Kabbalah esteve escondida esperando até que estas questões aparececem de forma e quantidade consistentes

   Kabbalah, equivocadamente, por vezes está associada a ensinamentos espirituais mais “rasos”

   Kabbalah não é uma moda. É um método pratico e testado ao longo do tempo, para entender a natureza humana, a natureza do Criador e como juntamos estas duas.